quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A fé em sua força.


Lembrando-se de seu passado árduo, Muvoski não teve medo de seguir enfrente. Graças aos seus tinha em sua mente a força de se estar vivo e se estar vivo é exercer a força que nós faz querer, desejar, sofrer, sentir... Muvoski veio do sul, como todo descendente de europeu daquelas bandas, não tinha medo do frio da chuva do calor nem da solidão das estradas, ou o perigo da noite nas estradas. Não passou fome totalmente, mas racionou o alimento e o dinheiro para comer. Bebeu bastante água e “Chimarrão” sempre. Para Muvoski o seu objetivo conquistar a Metrópole de tantos desejos. Não quis ficar em Porto Alegre, nem ir para Brasilia ou para o Rio. São Paulo, lhe chamava em canto de seu coração desde que a viu pela primeira vez ainda criança quando os seus pais passeando por ela, apresentou-lhes  os  museus, teatros e regiões de compra. Imensas  lojas de departamento como o Mappin e a Mesbla que já não existe mais. Era um sonho, dias lindos sobre a mão segura de seus pais e que agora com os próprios pés poderia investir nesses sonhos nesse desejo guardado.

Muvoski ao chegar à cidade, encontrou logo uma pensão para morar. Encontrou também gente de todo o mundo. Português, Italianos, Indianos, moçambicanos e haitianos, eslavos e Nossa tanta gente... Era isso que queria um pouco do mundo ao seu lado. São Paulo lhe dava isso. E lhe dava emprego e nem esquentou a bunda e logo encontrou emprego. Os demais da pensão também. Podia não ser o emprego do sonho, mas sem dinheiro não irão ficar.

Muvoski sabia que teria que investir mais, se acomodar já mais.  E do emprego onde fez amizades, encontrou contatos, arrumou um emprego melhor, depois outro e outro. Guardou dinheiro. Não se importou de andar três horas de ônibus todos os dias. Não se importou com seu emprego. Deu muito valor a sua força de vida, de estar vivo e poder ir e lutar e conquistar.

Muvoski que plantou fumou, lavou pratos, varreu hospitais agora tinha um táxi. Mas o seu objetivo o seu sonho o seu desejo guardado é também uma ideia. Uma ideia que descobriu ser fundamental e que aquela metrópole precisa muito. Uma ideia que somente o dia a dia de São Paulo poderia lhe dar.

Muvoski iria economizar o ano todo com o dinheiro do táxi, e no ano que vem abriria uma firma de pequenas entregas a custo justo e rápido.  E mesmo que dormindo 4 horas por noite, Muvoski não perdia a fé em sua força de realizar, de conquistar e na cidade que lhe deu oportunidades e depois se sabe lá qual boa ideia viria na necessidade do dia a dia da Metrópole fundada por Jesuítas e índios e construída por gente dos quatro cantos do mundo como ele que não tiveram medo da força que a vida lhes deu.

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pode-se medir a tristeza?

Ana se perguntou quando um amigo a interrogou o porquê ela não chorou na despedida de um amigo querido do trabalho. Afinal, todos ficaram emocionados com as palavras de gratidão, carinho e companheirismo que dirigiu a todos.

“Mas eu fiquei emocionada sim” – respondeu Ana ao amigo.

“Não pareceu!” – insistiu o amigo.

“Mas é preciso chorar lágrimas como todo mundo para mostrar que estamos emocionados, tristes e felizes?” – disse Ana já irritada com aquela insistência.

“Geralmente as pessoas choram sim para dizer que estão tristes  ou felizes.”

Ana não disse mais nada, ficou preocupada. Talvez o amigo tivesse razão. Enfia a festa de despedida do amigo acabou todos foram para a casa. Ana ao se deitar ainda tinha as palavras do amigo em seus pensamentos lhe perguntando constantemente o porquê ela não chorava.

Ana foi buscando sem seus pensamentos e  como a uma conta numa tela digital foi se lembrando das vezes que nunca chorou . Cenas de filme, cenas de novela, . Nascimento de primos e filhos de amigos. Casamento... E... Acho que todos tem razão...

Então Ana se lembrou de sua avó.  A sua alma se iluminou  imediatamente.

O carinho e a segurança do  colo de sua avó percorreu as suas emoções, destravou antigas felicidades presas em seus sentimentos contidos. Felicidade e carinho vivido constantemente ao lado de sua avó. A mesma avó que a criou desde sempre que se lembra.

A mesma avó que lhe deu  doces e amor, a mesma avó que sentia ser sua mãe, a mesma avó que amou como mãe e avó . A mesma avó que adoeceu fatalmente e Ana viu definhar durante anos, e mesmo assim não deixou de dar amor.  E quando um dia o ciclo da vida se cumpriu a sua avó morreu. Ana sentiu o tamanho da tristeza de ver a morte de uma avó, de uma mãe de uma amiga.


Ana não suportou tanta dor. Tinha 16 anos, e pela primeira vez em sua vida no corpo, nos sentidos.  Ana chorou então o dia todos do velório, do sepultamento e durante dias e meses a perda da  avó.
Compreendendo assim o tamanho de uma tristeza, não se importando mais com tristeza menores do dia a dia.
Naquela noite ao se lembrar de sua avó, chorou mais uma vez de saudade alegre das coisas boas vividas. A partida dela já não tinha mais importância, se vai mesmo nessa vida. Agora estava bem sabia que não era nenhum ser frio e seco que não chora as suas emoções. A morte de sua avó  lhe lembrava sempre o tamanho de uma tristeza.

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Siribipiunas , uma testemunha.

 As árvores são testemunhas silenciosas!

As árvores da Rua 4 na zona leste  nunca foram testemunhas crível, para a justiça. Mas uma Sibipirunas de alguns conturbados 23 anos, guardava  em seu tronco o projetil  de um disparo que  disse adeus e vá  com Deus e ele foi mesmo a   Waldisnei  Perrone Alcântara.   

Claro que o homicídio e todos sabem está calcado na ancestral razão de matar que todo homem carrega consigo. A inveja! – sim ela também. Mas   no caso estamos falando da primeira razão. Dinheiro.  E um pouco de poder. Bastante poder.

Waldisnei e dono do Hotel Alcântara, hotel 4 estrelas   que herdou já prontinho e que cada  alma que se hospedou nesse hotel  com suas diária pagas contribuiu, para o caviar, o champanhe as viagens de cruzeiros e as Mercedes que Waldisnei trocava todo ano.

Mas ultimamente, Waldisnei que virou espirita recebeu a visita de um velho amigo que se converteu também a uma dessas religiões pentecostais e que são contra ainda não se sabe por que, ao espiritismo. – Há ai mais uma velha disputa de razões e ponto de vista que tem acompanhado nos humanos que não sabemos o que somos e nem porque aqui estamos.

Waldisnei recebeu propostas tentadoras para se tornar pastor e abrir centenas de igreja pelo país. O lucro é certo, disse o amigo, já que se não paga impostos sobre a exploração da fé.

Waldisnei nunca aceitaria porque  nunca trabalhou na vida, apenas administrou bens em sua vida. Por isso, qualquer compromisso com horários rígidos o incomodava.

O amigo o acusou de ter um pacto com Satã, já que para ele o espiritismo é regido por esse grande inimigo do mal criado por Deus. Porque Um ser criaria um inimigo? Ao que se sabe Freud morreu sem explicar convincentemente essa questão.

E o fato é que a briga entre interesses, dinheiro e trabalhar e não trabalhar se intensificou até o ponto em que...

A policia ainda investiga se Robnilsom o amigo pastor de Waldisnei é o autor do projetil encontrado sobre o silencio da sibipirunas da Rua 4 na zona leste.

Os fiéis seguidores de Robnilsom estão protestando como perseguição religiosa não da mesma maneira que perseguem os espiritas, macumbeiros, e as Testemunha de Jeová. A imprensa não deu muita  atenção ao caso. A população também não.

Apenas a sibipirunas parece querer que resolva o caso rapidamente porque aquele projetil em seu tronco incomoda o fluxo de suas seivas.  



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sábado, 30 de novembro de 2013

Quando não há nota destoada.


A guitarra na sua e nem ai para o mundo, gritou os seus acordes.  Imperfeitos, impróprios talvez para bons ouvidos.  Levaria uma década para apreender a tocar como B.B.King. Mas e daí, a cenoura levou milhares de anos para ficar como uma cenoura.  

Do outro lado da rua algum barulho estranho tocou os seus ouvidos. A guitarra ficou de lado, assim como os seus pensamentos. Daiana olhou naquela direção. Uma oficina mecânica um ronco de uma moto arruinou as  notas que tinha em menta para tocar a guitarra. Irritou-se com aquela novidade. Porque um ronco de moto? Porque um cavaquinho, um piano ou mesmo um pandeiro. Era uma moto!

Centena de moto passou pelos seus tímpanos e nunca se importou. Daiana desceu do vigésimo terceiro andar de sua vida, e atravessou a rua.  Uma nuvem parece apenas uma nuvem a nossa desobeservação diária, metidos nos problemas alegrias de nossos mundos íntimos. Beleza!

La estava o barulho a perturbar? Mas o que perturbava... O ronco da moto? Não! A insistência do barulho? Talvez!  E ao chegar Daiane percebeu como a uma composição de Chico Buarque a estranheza das coisas organizadas poeticamente em nosso dia-a-dia, às vezes sem champanhe.

Agora etérea e leve logo após cair de um penhasco do tamanho que se imagina quando cai. Viu a razão de sua irritação! Ops! Curiosidade!

Alfredo! –Nome se sabe bem antes das modas de hoje em dia. Cleversom, Kaique, Luan. – Tinha o seu jeito de acelerar a moto e causar pausadamente uma vez e duas intensas o ronco, o te-te-te-re-te... O bummmm e todas as interjeições que estão em nossa memoria quando se diz moto. Para Daiane, no entanto era único e igual a nada que se lembre. Assustador e gelo derretendo algo que lhe pertencia e escondera na Antártida em sua alma.  

Alfredo olhou para ela e não sorriu. Ao acelerar a moto soube quando Daiane sorriu que eles seriam parceiros.  Daiane sem se importa se era um bom ou não homem, trouxe a sua guitarra e sentou-se ao seu lado. Tocou suavemente que se percebia apenas quando Alfredo nem ai para o mundo acelerava  lentamente a moto .

Aquela oficina anos mais tarde tinha Henrique de cinco anos que todos sabiam seria um bom baterista, talvez pianista... Alfredo e Daiane que nunca estiveram onde não queriam não se importava com as escolhas do filho, que um dia encontraria a sua nota certa nessa vida...

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

As pedrinhas em nossas vidas

...Num caminho nem todas as pedras tem importância, nem todas as pedras parecem ter importância que lhe damos para atrapalhar a nossa caminhada.

As pedrinhas em nossas vidas

Azul caminhava porque teria que chegar até o seu ponto no quadro.  Era lá que sentia ter que estar, sentia mesmo do fundo de seu tom que nascera para estar ali. E mesmo que o caminho o desvia por vezes para outros pontos, outras cores que se diziam amigas e o levava para outras aquarelas, Azul não tinha duvida. Era naquele ponto do quadro que iria estar. Mesmo que muitos o atrapalhassem e o desviasse Azul ia até o seu ponto.
Azul, encontrou muitas pedras em seu caminho tirou muitas pedras de seu caminho, algumas vezes eram rochas, e mesmo assim sempre achou força para lidar com elas. Vibrava às vezes, outas vezes cansado e exaustado ficava apagado, mas estava sempre em seu caminho.  Era a sua vibração de cor naquele quadro.

No entanto ultimamente Azul, estava se apegando demais as pedrinhas em seu caminho. Não as pedras, nem as rochas, mas as pedrinhas. As pedrinhas sim. Pequena pedrinha que encontrou em seu caminho e que varias vezes ignorou, chutou para o lado e desprezou.

Mas dessa vez, essas pedrinhas vinha lhe tomando muita força e atenção. Azul não seu deu conta, e investia força e tempo para  remover essas pedrinhas, que na verdade não lhe atrapalhava o caminho, era apenas chutar para o lado, desviar, ignorar e pular. Azul não conseguia e não pulava, ia tentava remover e às vezes sentia magoa por essas pedrinhas estarem ali, depois desanimo e até tristeza.
Azul perdeu dias tentando tirar as pedrinhas, e cansado e consumido por essa força em querer remover as pedrinhas que não atrapalhavam em nada o seu caminhar até o seu ponto no quadro, Azul olhou para si e se viu desbotado. Sentiu-se desbotado.

Então se sentou na beira do caminho, descansou, tomou mais luz e luz até chegar ao tom de sempre. Para isso, tirou as pequenas magoas as pequenas vaidades, os pequenos medo e acomodações e deixou as pequenas pedras para lá. Depois de se descansar se levantou e seguiu o seu caminho.

Sabendo que num caminho nem todas as pedras tem importância, nem todas as pedras parecem ter importância que lhe damos para atrapalhar a nossa caminhada.

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Salvando um amor!


O convivo diariamente com as mesmas pessoas pode nos trazer alguma ausência de percepção em relação ao sentimento do outro. 

Leo se deu conta disso.  E talvez fosse tarde demais, mas não muito tarde o suficiente para poder reverter o quadro.

Leo e Bia estão casados há dois anos, mas namoraram desde sempre. Sabiam muito um do outro, mas a rotina do casamento, as contas para pagar e a manutenção do lar e da vida a dois, começou a atuar mais fortemente e suas vidas, coma a uma pessoa indesejada. Já haviam experimentado isso em alguns momentos de seus namoros, mas era um namoro. E assim como todo namoro cada um volta para sua casa depois de namorar. Agora eles tinham uma casa em comum e uma vida que não estava muito legal.

Leo às vezes deixava de fazer as tarefa que Bia pediu. Não por maldade, mas por não ter tempo. E Bia às vezes deixa de dar atenção a Leo não por maldade, mas o tempo. O Tempo era pouco mesmo.  Então começaram as brigas, os desencontros, às vezes até a falta de interesse de um pelo outro causado pelo stress e por  tantas outras atitudes. E nos últimos meses e mais recentemente últimos dias algo tenso se instalou na relação. As brigas ficaram mais constantes e o com toda briga vem o desanimo.

Leo gosta de Bia e gosta de estar casado com ela e gosta de seu emprego também.  E por todos eles, pensou que deveria fazer algo. E o fez.

Tomou a iniciativa de ir buscar Bia no trabalho e a levou para jantar. Bia estranhou. E por algum instante pensou que aquele jantar não fosse algo tão bom e romântico e. Mas aceitou o jantar.

Leo ficou contente. E pensou que durante o jantar poderiam expor todos os problemas que estavam enfrentando e os dois juntos encontrarem uma solução. Quem sabe se fizessem uma planilha para as tarefas do dia a dia ou entrassem num curso para casais iniciais ou terapia de casal.  E na verdade Bia esperava essa conversa naquele encontro também.

Mas Leo desistiu de todas essas possibilidades e resolveu ser encantador, tentar encantar Bia novamente e deixar que ela o encantasse também. Planilhas? Disso falariam em outro momento! Agora era importante em encontrarem o encanto que o fizeram se apaixonar um pelo outro e depois a cumplicidade para resolverem os problemas do dia a dia que se tornam probleminhas diante do encanto recuperado.

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domingo, 3 de novembro de 2013

O poder da massagem.

Então em seus ombros e dorso eu pude massagear com mais densidade.
 A suas costas estavam livres todo o seu dorso estendido sobre a luz cálida e serena. Um som de água escorrendo vinha de uma fonte artificial. E seus desejos aguardavam serem atendidos.  Eu comecei pelos pés, suavemente tocando os seus dedos e descobrindo o prazer que isso lhe dava. Eram pés bem feitos, bem cuidados e macio. Depois minhas mãos me levavam pelas pernas sentindo-as lisas bem torneadas.

Eu estava pronto para ir, mais longe naquele corpo, mas ela pedia mais carinhos de minhas mãos. Tive que conter a fera do desejo em mim e cuidar com todo carinho de dar a ela o meu carinho pelas mãos massageando o seu corpo.  

Então cheguei a sua bunda. Estava ali para mim, farta linda,  e minhas mãos souberam acariciar e respeitar, mas  não deixar de adorar,  desejar. Ela sentiu mais confiança em mim. E eu mais carinho por ela.

Agora minhas mãos acariciam em massagens relaxante e persistente a sua lombar. Senti alguns nervos tensos, e com habilidade as minhas mãos tiraram esses tensão. Ela ficou feliz, e minhas mãos puderam  senti isso em seu corpo.

Então em seus ombros e dorso eu pude massagear com mais densidade.  Ela parecia dormir estar entregue ao mundo do alivio da suavidade de alguma paz e segurança que eu lhe dava e isso eram bom para mim também. E assim como ela eu não queria que  aquele momento não  terminasse nunca.  

E quando ela ficou saciada de tanta paz e massagem ela se levantou e sorriu para mim.

- Agora é a minha vez de te fazer massagem.

Aquela tarde de sábado então se prolongou até a madrugada de um domingo.


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Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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