quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amor X Pena.


É sempre muito difícil terminar com um relacionamento. É um assunto até surrado, já dito e escrito tantas vezes.
Mas está sempre tomando a nossa vida, seja o nosso próprio relacionamento ou de algum amigo.
Dias desse um amigo veio até mim bolocoxô pelo fim de um relacionamento. Eu perguntei se foi ela que terminou, ele disse que foi ele. Ele não sente mais nada por ela, mas a viu triste, amarga pela separação e isso estava mexendo com ele. Ele até chorou.
- Mas você gosta dela!
- Não já disse que não. Acabou.
-Então dá um tempo parte pra outra...
- Eu sei, eu não consigo vê-lá triste, sofrendo.
- Mas sofrer todos vamos. Se você ficar com ela por dó vai sofrer e faze - lá sofrer mais.
- Eu sei, mas é duro depois de anos ver a pessoa que sempre esteve ao seu lado chorar, entristecer.
- Se você que ficar com ela por dó... Pena... Não me parece justo com ela nem com você.
- Mas a gente é assim sempre fica com dó do outro...
- Mas ficar com dó do outro pode tirar a chance dela ser feliz. Se encontrar num outro relacionamento. Afinal toda panela tem a sua tampa.
- Eu sei.
- E além do mais ficar com alguém por dó piedade é infinitamente menor do que ficar com alguém por admiração, prazer, amor...
Ele sorriu... Não disse nada, mas parecia mais aliviado. Não tem jeito depois do fim de um relacionamento, temos que seguir enfrente.

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domingo, 13 de novembro de 2011

A mulher confiante . A mulher carente.

De minhas experiencias nos encontros e nas paqueras na noite. 


O encontro com uma mulher confiante e uma mulher carente.
A mulher confiante é sensual sem ser vulgar. Chega perto de você sorri e diz:
- Legal esse lugar!
A mulher carente está sempre com dor. E reclama de tudo!
- Esse lugar é barulhento.
A mulher confiante te olha nos olhos sem medo.
A mulher carente, mesmo ao seu lado está sempre reparando nas outras.
A mulher confiante pede uma bebida junto com você mesmo estando de dieta.
A mulher carente diz que não pode. Tá tomando antibiótico.
A mulher confiante ouve o que você diz.
A mulher carente sempre tem um problema na família. Geralmente com a mãe e discute o assunto com você.
A mulher confiante tem dor, mas não faz disso um assunto.
A mulher carente tem sempre que ir embora.
A mulher confiante ainda continua te ouvindo se ela estiver a fim de você.
A mulher carente sempre tá mexendo no celular.
A mulher confiante o coloca na caixa postal e continua te dando atenção.
A mulher carente sempre está falando mal do chefe, do cunhado, de uma colega de trabalho.
A mulher confiante dialoga com você.
A mulher carente sempre está pedindo carinho com os olhos, proteção...
A mulher confiante diz com olhos para você vir buscar carinho nela.

No final da noite a mulher carente transa com você e mulher sensual se tiver a fim de você se despede confiante e marca um outro encontro.

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Problemas X receitas.


Receita para resolver o seu problema é igual chá para doenças. Todo mundo tem uma!

Certamente em algum momento de suas vidas, se encontraram com pessoas que tem a receita certa para os nossos problemas. “Faça o que eu te digo e dará certo.”. E se não fazemos a pessoa diz. “ta vendo se tivesse me ouvido não estaria passando por isso.”

Não que essas pessoas estejam erradas. Mas o fato é que se temos um problema em nossa vida, ou vários, e porque temos que passar por ele. Apreender a resolver. É a nossa experiência de vida. E se essas pessoas que dizem têm a solução de nossos problemas é porque em algum momento de sua vida apreendeu com os próprios problemas. Ou  em muitos casos, não.

Se há um conselho útil para quem esta enfrentando algum problema na vida, é que deva olhar para ele, entender, compreender e apreender muito com ele.  E assim poderá não repetir os mesmo erros e causar um problemas igual, ou pior. Porque nunca sabemos como será o tamanho do problema quando repetimos os mesmos erros.  E por mais que dure um problema, ele terá a sua solução, uma hora ou outra. Nós temos essa capacidade.  E essa capacidade vem de termos passado por esses  momentos difíceis que aconteceu em nossas vidas.  Podemos nos esconder deles nas drogas em doenças, em lamentações. E muitos fazem isso, o que só piora a  carga do problemas, mesmo a sensação de alivio na hora.

Mas não se desfaz dele e somente se desfazemos do nosso problema resolvendo-o. Se for financeiro pagando as contas e poupando; se for emocional procurando entender e se curar ou se livrando do corpo e da alma do que te causa essa dor, etc etc... Parece fácil, mas nunca o é. Mas também não é impossível.  É parte da vida, e estando vivo teremos problemas. Mas também alegria, felicidade e capacidade para resolver os problemas. Que um, após outro vai nos fazendo mais forte.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O otimismo de Voltaire


Ao ler Cândido ou o Otimismo do grande escritor Frances  do século  XVII, François Marie Arouet, o Voltaire,  você certamente encontrar um debate profundo em se ser otimista ao extremo e ser um realista, um ser sóbrio diante das dificuldades e pedreiras usando de um termo bem  coloquial, mas que na vida é inevitável. Confesso que o livro me causou reflexões principalmente porque eu viva uma fase de auto-ajuda em que todos os problemas na vida têm uma formula exata ministrada pelos autores de auto-ajuda.  E ao ler Candido, você percebe que os problemas são comuns, e que se olhar para a sua vida  ao que você viveu até o momento, encontrara familiaridade. Algumas pessoas acreditam que não deve ter problemas na vida e se os tem é porque Deus o está castigando de alguma forma. Ou então se trata de um resgate de vidas passadas. E como diria o grande Voltaire em uma carta a Rousseau:
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo”
E assim devemos encarar os problemas, com busca de uma solução que nos fortalece e nos faz entender mais a nossa capacidade nessa vida. Nada de castigo divinos. Voltaire conduz o personagem Candido a todos os atropelos da vida, mostrando como ele os encara e os enfrenta.  E se alguma vez com medo, outra sem medo por saber ser capaz de resolver. É uma boa leitura, edificante e que  no final  ele fecha com certa frugalidade.
“O que é preciso, sempre é cultivar o nosso jardim”

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domingo, 6 de novembro de 2011

Falta Arte.



A arte existe para provocar em nós o que ainda não sabemos e se sabemos fingimos não saber. Sejam as emoções, risos, choros, medo, espanto. Sejam reflexões. Entusiasmos, indignações, perplexidade. Ou a satisfação que nos enche os olhos quando corres em harmonia ou não gravadas numa tela, mas estando ali satisfazem os nossos sentidos  da visão.
E como diria uma amiga: “Pinturas de paisagens sempre trás um certo conforto em nossa casa”.

Conforto é importante ainda mais nos dias corridos que vivemos. Não tenho nada contra as pinturas de paisagens que  a gente comprar na praça da Republica ou as pinturas jornalísticas dos pintores do começo da colonização de nosso país que pintavam as paisagens dominantes. Fauna e flora, além dos habitantes e seus costumes. Índios, negros, portugueses e holandeses.
São importantes.

Mas ando sentindo falta de um pintor que me cause espanto com uma nova paisagem, Um novo conceito uma nova expressão. Sei lá pode ser digital, gráficos de última geração, um novo expressionismo. Ou algo que ainda não temos o termo para tal. Fotografias, talvez.

O que me parece é que as artes de alguma forma caíram num lugar comum. Com medo de errar e errar conjuga com o verbo ousar Não, não se esta mais inventando. Apenas se copia de forma diferente o que já foi feito. Os mesmos romances, os mesmos filmes, as mesmas novelas, os mesmos quadros as mesmas músicas.  

Todos escravos do dinheiro e do medo de não ousar. O mundo parou. E essa parada talvez esteja por vir algum movimento instigante, delirante, excitante e talvez nem seja artístico. Seja algo de novo que vamos criar sem a autorização dos deuses, do dinheiro, do mercado, dos medos e conceitos que conhecemos.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Por que patinamos numa mesma situação?


Em algum período de nossa vida encontramos como que na mesma situação por um longo tempo. Não sei se já aconteceu isso com algum de vocês, mas tendo passado por um momento desses, comentei como alguns amigos e eles  me confirmaram que sim. Num determinado momento de suas vidas, se sentiram impotentes em se livrar de uma situação patinando nela. É mais ou menos como se faltassem dez minutos para deixarmos o trabalho e esses dez minutos parecem nunca chegar.  Você tem que ficar ali, esperando, esperando. 


Algumas pessoas com quem conversei me disseram que não uma mas duas vezes se viram numa situação assim.
Situações  em dificuldades financeiras, numa dívida que parece eterna em saldarmos. Ou um relacionamento que não vinga mas mesmo assim não conseguimos nos livrar dele ou a agonia da perda de alguém muito caro a nós e que não conseguimos aceitar.  Uma doença que não parece ter fim.  E tantas outras situações. Enfim!

Todos nos passamos por um momento assim, porque na verdade é um momento em nossas vidas. E é o momento parte do tempo assim com estarmos vivos aqui e agora  é parte de nossa existência ou de uma existência como um todo.

Apreendi em minha ignorância  sobre as coisas da vida que  tudo tem o seu tempo, é frase antiga e já surrada e que muitas vezes nos esquecemos. Tudo tem o seu tempo e tempo tem a sua duração. E qualquer que seja a situação ela parece durar para sempre mas não dura para sempre.
Nos angustiamos, ansiosos para que o tempo ruim acabe logo. Nos decepcionamos, entristecemos quando o tempo bom se vai.  É natural, queremos sempre o bom tempo. E ainda que não sabemos o porque a vida produz o dois, tempo ruim e tempo bom.

Eu estou apreendo a compreender os dois: Em tirar alguma lição do tempo bom  e bons momentos  para quando o tempo ruim chegar, saber lidar com ele não se desesperando nem se angustiando, tendo a nítida sabedoria de que ele passara. Assim como aproveitar todo o tempo bom que me vir, sem culpa ou medo. Porque afinal tempo bom e tempo ruim caminham lado a lado como a noite e o dia.  A vida e a morte. Todo tempo rui , todo tempo bom, tem o seu tempo.

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domingo, 23 de outubro de 2011

A luz de um olhar.


A luz que bateu em seu olhar, nunca mais me fez o mesmo.
Me perdi na situação de não te-la ao meu lado,em minha vida e corri atrás para encontra-la , me apresentar e dizer que seu olhar parecia tão meu, tão velho conhecido em minha alma.
Não a encontrei, e insistia em mim aquele olhar, o procurava em todos os lugares, em todas a mulheres.
E o encontrava somente em meus pensamentos.
E não o encontrando desisti, e voltei a insistir em minha vida.
Descobrindo que cada mulher, tem um olhar que conforme a luz de sua alma em sintonia com a alma dela,pode ter cegar ou desperta para sempre o que é um olhar vindo da alma.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O grande Mário Quintana



  • "Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo..."

  • "Opinião só não muda quem não tem."

    "O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você."


    "O passado não reconhece o seu lugar: esta sempre presente." 

    "Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo.."

    " Não faças de tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passa-ló a limpo"


  • quinta-feira, 20 de outubro de 2011

    O conforto de uma situação ruim!

    Porque é para muitos tão difícil se livrar de uma situação ruim?

    É uma pergunta que devemos fazer, ou se já não a  fizemos em uma determinada época de nossas vidas.
    Eu me fiz essa pergunta num momento de minha vida em que não conseguia, me livrar de um relacionamento duro, seco, escuro. Não sei dizer de quem é a culpa: Minha ou dela; de Júpiter que estava na casa astral de Vénus; Do aquecimento Global. Sei-lá! Mas o fato era que não nos dávamos bem.  Quando não era alguma discussão era aquela indiferença do dia a dia, das pequenas coisas que nos irrita,  nos magoa e transforma a vida da gente num composto químico amargo, sem cor e aroma.

    E por não conseguir me dar bem com ela, eu levava esse  caos para as demais áreas de minha vida. A minha família, os meus amigos, trabalho, e até mesmo os desconhecidos na rua, na filas do supermercado eram vitimas dessa  situação ruim que eu vivia. Não era justo comigo, não era justo com todos.  Não tinha paciência com coisas simples. Me irritava com pessoas legais e estranhas e até mesmo perdi a gentileza e algumas vezes, terrivelmente o respeito com o outro.

    Até que tomei a atitude de dizer que não dava mais e terminamos. O que demorou  muito e   Acho que era  o que ela queria também. 
    E dias depois eu me perguntei, primeiramente como fui deixar a situação ir até onde foi. E depois o porque não me livrei desse  relacionamento antes.

    A primeira resposta veio daquele sentimento de gostar que temos por alguém e acreditamos que vamos  dar certo em algum momento.  E havia também o meu orgulho de homem, imagine só uma mulher me dando o pé na bunda!  São os conceitos que herdamos e não nos esforçamos nem um pouco em nos livrar dele. Depois a segunda resposta era que não queria me livrar daquele relacionamento porque ele me era cômodo e confortável .

    Mesmo com todas as amarguras e estranheza eu sabia como lidar com ela, e mesmo com toda a tristeza estávamos juntos e parti para uma nova etapa de minha vida sem ela, parecia algo impossível, distante, inseguro e que me dava medo até aquele momento.

    Somente quando eu senti que não suportava mais, e que a insegurança de se sair de um relacionamento que apesar de tudo se conhece bem o outro, é que pude me libertar . Não foi fácil claro, mas me deu a parâmetros do que é bom para mim ou ruim. Eu parti para novos relacionamentos, sem medo de arriscar o novo.

    Encontrei outros relacionamentos  iguais ao que tive, e outros que me acrescentaram muito. Até que romper com a insegurança de se sentir  bem fora de um relacionamento ruim, me fez encontrar a melhor companheira de minha vida e juntos estamos descobrindo o que é gostar mesmo.

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    terça-feira, 18 de outubro de 2011

    Frase de Madame Staël




  • "A voz da consciência é tão delicada que é fácil reprimi-la; mas está também muito claro que é possível enganá-la."



  • "Procure pela verdade na mais nobre ocupação de um homem; sua divulgação é obrigatória."

    "O amor é o símbolo da eternidade; ele confunde todas as noções de tempo, apaga todas as lembramças do começo, todos os medos do final. "

    domingo, 16 de outubro de 2011

    Um pai sempre um pai.


    Preto e branco o  ódio e  na cor o amor.


    Não foi nada fácil ver a face daquele desgraçado a dois metros de mim. O destino o, pois frente aos meus olhos, dos meus sentimentos e da minha dor. Dois anos antes, esse desgraçado matou o meu filho numa dessas festas Havei. Esse desgraçado metido em suas drogas, nem pensou duas vezes em enfiar a cabeça de meu filho debaixo de seu carro. Foi preso, pagou fiança e responde o processo em liberdade. Um país que têm leis que privilegia assassinos  só não vira uma carnificina porque a maioria das pessoas são do bem. E os vagabundos com esse desgraçado que matou o meu filho são poucos.
    Quando vi esse desgraçado no bar bebendo, feliz, como se o meu filho não tivesse a menor importância, e não teve mesmo para ele. Senti os meus sentindo sair de mim e o violento ser que me habita dominou. 

    Um vez Einstein perguntou a Freud se a violência no ser humano um dia desapareceria diante da evolução tecnológica e descobertas cientificas. Freud disse que não, porque a violência é natural do ser humano. Todos temos.

     E se todos têm, é natural.
     Resolvi seguir esse vagabundo e descobri onde ele mora e estuda. Não contando com mais nada na vida, nem Deus, religião, justiça eu me tornei um ser propulsionado apenas pela vingança. Vingar a morte de meu filho e limpar o mundo desses vagabundos. Se todos nós temos a violência, então quando alguém a pratica contra alguém desperta em outros a mesma violência  nesse alguém. É um ciclo, uma esfera, que quando se entra não consegue sair. E não consegui.

    Um dia ao ver esse vagabundo sair da faculdade, o segui com o meu carro e o vi ir para o centro da cidade, e entrar num cinema pornô onde descobri que também se vendem drogas.
     Entrei nesse cinema, e procurei pelo vagabundo.
    O cinema estava lotado, e havia um andar superior aonde as pessoas iam lá para transar. Havia alguns banheiros imundos e saletas escuras. E numa dessas saletas vi o desgraçado sair.
    Corri para alcançá-lo. E sutilmente ofereci dinheiro a ele pra comprar mais droga. Eu disse que queria também. Ele nem perguntou como eu sabia que ele comprava drogas e tão pouco reconheceu o meu rosto. Pegou o dinheiro e foi para o fundo do cinema num lugar mais podre ainda, onde o cheiro de acetona e maconha sendo fumado dominava.
     O segui e vendo outro banheiro e foi quando empurrei aquele desgraçado para dentro, trancando a porta e o vendo passivo sem reação alguma.

    Aquilo me irritou ainda mais.

     - Não se lembra de mim seu filho da puta. - gritei, ecoando a minha voz entre os sussurros de orgasmos e as frases de sexos que vinham do filme pornô sendo exibido.

    Aquele desgraçado que matou o meu filho se manteve dominado pela droga, irracional. 

     - Você matou o meu filho! - gritei em desespero de minha dor e minha revolta 

     - Quem é o seu filho! - o desgraçado me perguntou. E então não resisti lhe dei um soco jogando-o para a parede onde ele caiu me olhando.

    Aproximei-me com todo ódio do mundo e o peguei pelos colarinhos e meti outro soco, e depois outro, e ele ainda me olhando. De alguma forma aquilo me aliviava a dor da perda de meu filho, o ódio porque o matou e estava livre se drogando. Tomei o seu pescoço e comecei a esganá-lo.
    Quando dois homens empurraram a porta do banheiro e entraram prontos para me pegarem.  Então deram vida aquele desgraçado e me socaram, eu não me conhecia, não sabia de todo ódio e violência que tinha e que me fez encarar aqueles dois homens.
    Me baterão sem que eu senti-se dor alguma. E ao encará-los soquei os dois batendo com suas cabeças na parede, depois os tranquei no reservado e voltei para matar aquele vagabundo que matou o meu filho.

    Caído ao chão, o pus a minha altura e armei o meu punho para lhe dar outro soco e amassar a sua cabeça como ele fez com o meu filho. Mas não pude.

    Ele abriu os olhos, e vi em seu olhar o olhar de meu filho.
    Tentei não ver esse olhar, mas não pude.
    Não foi esse o pai que por toda a existência de meu filho lhe mostrei ser. Eu nunca bati em meu filho, eu sempre lhe disse sobre a força de se ser honesto, integro, e compreender os outros. Não, não  pude naquele momento trair tudo o que ensinei ao meu filho, matando outro filho. 
    Embriaguei - me das lembranças de meu filho ouvindo com atenção os meus ensinamentos, os meus conceitos, o meu amor de pai para ele, e onde quer que ele esteja eu não pude deixar de ser o pai que sempre fui para ele.
     Eu não sei o pai que esse moleque que matou o meu filho tem, nem o pai que talvez um dia ele viesse a ser.  O que eu não pude, não poderia jamais é deixar de ser o pai que sempre fui para o meu filho.
    E contrariando a observação de Freud, eu abri mão da violência. E deixei aquele ser cair e tentei ir embora, mas voltei. O Tomei nos braços e  sai do banheiro passando por pessoas que na droga nem se importavam com aquele ser que eu carregava. Talvez pensassem que fosse o pai daquele jovem, nem o porteiro do cinema se importou. Apenas olhou com estranheza. Botei o moleque no carro e o levei para o hospital. O mesmo hospital que vi o meu filho pela última vez. Paguei a internação e depois do diagnóstico do médico de que aquele cara que matou o meu filho estava bem. Fui para o cemitério rezar na sepultura de meu filho é mostrar mais uma vez para o meu filho, que podemos ser um pouco melhor do somos. De alguma forma ter sentindo o desejo de vingança e socado aquele jovem me fez bem.

    E descobrir a força de entender os sentimentos e saber deles, me lavou a alma e me fez mais tranqüilo. Desde a morte de meu filho até aquele dia em que soquei o seu matador, o que habitava em mim era a dor, o ódio e desejo de me vingar.
    Na verdade eu não podia olhar para o meu filho, na imagem que tenho dele dentro de minha alma, com ódio. E esse ódio é que tava matando o amor que ele tinha por mim eu por ele. A imagem dos olhos de meu filho com toda atenção para mim e amor dele, foi mais forte do que o meu ódio e dor.

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    Amar.

      Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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