sábado, 11 de junho de 2011

O truque da vida.


Num reino distante dentro de cada um de nos, uma só cor existe em todas as coisas e todos os seres e para enxergar essas cores a luz e a contra luz. Assim uma porta é sempre cinza, e sua contra luz é que a faz ser vista, como os pratos, os carros o pai a mãe e os filhos. As escolas e as cidades são cinza, na luz e na contra luz. Todos enxergam assim, assim é o mundo. E todos sabiam que o mundo era assim. Nasciam viviam e morriam sabendo que o mundo é assim.
Mas  a vida está sempre criando, e experimentando e não sabemos ainda, mas desconfiamos que a vida anda mesmo é querendo nos surpreender a cada dia. 
E então, ela apareceu.
Apareceu tímida e desconsertada naquele mundo cinza de luz e contra luz. E estranhamente voava, e voava não levada pelo vento, mas por que queria voar, tinha autonomia para isso.  E estranhamente, assustadoramente era azul . Era uma borboleta azul.
Alguns acharam que era coisa das trevas.- Trevas naquele mundo cinza? Outros que era um aberração da natureza, outros se deliciaram, outros a admiraram, alguns queriam matá-la. Mas a borboleta sobreviveu a todos e assim com apareceu um dia se foi. Ninguém mais a viu, alguns tiveram certeza de que era uma atitude de Deus. Porque não pode ser azul num mundo cinza, e mesmo que todos não sabiam distinguir a cor azul, sabiam que era uma cor diferente. Mas enfim não se falou mais na  borboleta azul. Até que num truque da vida, numa manhã gostosa de primavera, centenas, milhares de borboletas de todas as cores que naquele mundo de cinza de luz e contra luz, ficaram mais vibrantes. Cegando alguns que já eram cegos, e abrindo os olhos de quem estava  disposto a isso. E o mundo que sempre foi certo em sua cor cinza de luz e contra luz, continuo como um mundo cinza de luz e contra luz, tendo agora a amostra da grandiosidade da vida, onde outras cores tomavam a todos. A coisa foi dita  assim. Nesse mundo cabe todas as cores, e formas e vidas.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mais um mito que criamos!

 Uma mulher nunca se veste para outra mulher? A velha história de sempre!

Algumas pessoas acreditando que estão certas em seu ponto de vista  espalham conceitos que outros acreditam e não analisando passam a outros como se fosse uma verdade e assim  como a uma web, rede, nascem os mitos.

Mitos antigos, que já conhecemos.  Desde que leite com manga faz mal, até o temível inferno, que fica debaixo da terra.  E assim vão entre tantos, tantos mitos, que nos nem mesmo acreditamos mas por vias das duvidas mantemos esses mitos. Ou por medo ou pura preguiça de pensar e avaliar se há verdade ou não.

Bem, esses dia ouvi  mais um mito sendo criado. O  de que toda a mulher se veste, se embeleza para outra mulher! Será mesmo. E se for quer dizer que todo homem se arruma para outro homem? 
Pode até ser que uma mulher dispute espaço com outra mulher, se arrume para provocar inveja em outra mulher. Isso é natural, é saudável, porque é  traço nosso de nossa espécie conquistar espaços. Assim como outro homem, disputa com o outro o seu espaço. E dados os conceitos toda mulher adora uma vitrine de roupas ou cosméticos e todo homem as vitrinas de carro.

Bem, o fato é que nós homens e mulheres somos seres sociais. E ser social, é que nos deu esse aparente sucesso na evolução. Nos caçávamos em bando, e moramos em bando nas cidades, nas casas. Não somos seres solitários, apesar de alguns optarem pela solidão. E cada vez mais que distanciamos da natureza vamos nos tornando mais humanos como somos. Hoje em dia somos seres de redes sociais, mídias, e celebridades instantâneas.  Estamos ali sendo expostos e exibido para todos. Não apenas  mulheres para mulheres e homens para homens. Mas nos expomos para homens e mulheres porque somos sociais, somos assim.

Então uma mulher se veste não apenas para outra mulher, mas para todos que a virem, homens e mulheres, assim como um homem conquista um campeonato  não para outro homem mas para homens e mulheres, para todos. E todos é o social. E a um dando momento o  todo social, não tem sexo. Não é homem nem mulher. o todos social é homem e mulher, que se fundem num novo gênero. O ser social.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Monotonia?

" O dia-a-dia não é monotonia. Nunca vivemos a mesma situação por mais que igual parece serem todos os dias, serem todas as pessoas e seus atos. Um série de acontecimento nos invade!
Um música nova que é lançada.  Uma nova trama no capítulo da novela. Um filme que nunca assistimos o livro que nunca lemos. O crescimento do filho, o envelhecimento dos pais. Um amigo que nos visita, um amigo que se vai. Piadas novas, piadas antigas que nem mais nos lembramos. ...Uma fofoca recente na empresa.O chato do chefe. 
Para alguns, é preciso escalar o Evereste. Para outros o dia-a-dia dá a mesma vertigem. Adrenalina em doses homeopáticas  e quem precisa de mais!
Verve  não custa nada, o prazer  também é grátis. 
E não existe mediocridade em se viver. 
Mesmo que algumas pessoas e seus atos  parecer dizer o contrário."

terça-feira, 7 de junho de 2011

Esquinas.

Essa coisa  mágica que nos faz esbarrar num pouco da vida!
 
Parece coisa  de poeta antropólogo ou canção de românticos, mas as esquinas são realmente mágicas. Ao menos se tiver bons olhos e paciência para  essa experiência.  Elas estão sempre  lá  indo com suas curvas  a uma rua e vindo  com a outra. As vezes alguém se encosta despretensiosamente ou com atenção   em algum poste ou semáforos propositalmente postos ali para marcar uma esquina que do outro lado pode haver outra esquina sem postes . Mas há alguém sempre esperando para atravessar. E onde esta a magia nesse cotidiano?
 
O cotidiano já é uma magia em si nessa nossa vida . Mas é que sempre se pode encontrar amigos, colegas, e velhos e bons amigos.
Encontrar amigos a gente para , conversa e se está com presa diga que liga depois. Ou comenta sobre algum outro amigo. 
Colegas a gente cumprimenta rapidamente, passando sorrindo.
Velho amigo, não. Velho amigo a gente fica contente demais e para o tempo que for  necessário em nossa vida para cumprimentar, saber como esta . Botar a conversar em dia, convidar para ir nos visitar, perguntar da família do emprego do que anda fazendo. Um velho amigo, como o termo diz, faz tempo que é amigo. Mas ai porque a esquina, porque não o resto da rua, um bar... e ai vai.
 
Porque esquina, é esquina, é ponto de referência. Encontrei fulano na esquina da Barão com a Leopoldo. Esquina parece a ponta de um navio dirigindo para algum lugar, um olho indicando algo... Sei lá me encanto com as esquinas...Acho que as cidades seriam tristes se não tivessem esquinas. Existe alguma cidade que não tenha esquina?
 
Sei que muitos irão dizer, que há esquinas desprezíveis, sujas, esquecidas. Essas esquinas um dia podem ter sido diferente, agitadas, com vida. Sei lá.  E se fizermos uma paralelo, uma brincadeirinha filosófica com a vida, a esquina seria uma metáfora de um caminho novo, de algo que nos espera logo ali na esquina. Vai ver se não estamos na esquina.

sábado, 4 de junho de 2011

A sua opinão.


"Deixe o seu comentário, a sua opinião é muito importante porque você é único nesse planeta, nesse universo. Vamos lá deixe um comentário sobre o que desejar para que outros possam desfrutar." 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aqua Lilás!

"Enxerguei numa tarde escura de frio leve o perigo de dois metros de solidão
Empurrei a morte.
Fechei a porta na cara da sorte.
Sorte que te encontrei."
Por Ulisses Sebrian

Por mim!

" Um passo à trás e encontrei a ignorância
dois passos a frente encontrei a persistência
Numa volta encontrei a arrogância
num alivío, segui enfrente e dei de cara com a esperança."
Por Ulisses Sebrian

Sabores antigos.

Sabores que  vem de bons momentos de nossa infância.

Dia desses eu tive essa deliciosa experiência, quando ao passar por uma padaria, senti um aroma especial de pão saindo do formo.
E me lembrei rapidamente de minha infância quando as "duas horas da tarde" todos os dias  a minha avó nos chamávamos para tomar o café da tarde onde ela comprava esses pães quentinhos e com o aroma de que saiu do formo aquele instante. Era um momento de carinho e cuidados que ela nos dava. E por mais dificuldades que a família tinha, esses momentos eram sagrados.Ali a mesa, ela nos servia café quente, leite o pão e uma deliciosa manteiga que ela mesmo fazia. Eu ,  meus irmãos e os  meus primos, morávamos todos próximos e todos os dias estavamos ali deliciando o seu café. Falávamos com ela  sobre coisas da família e da escola e de nossas brincadeiras. Ela contava histórias de todas as categorias. E assim ao sabor daquele café da tarde, o aroma do pão quentinho e suas histórias , essa minha avó maravilhosa ia nos ensinando um pouco da vida. E fez efeito, fortificou a mim  meus irmãos e meus primos. De alguma forma, apreendemos o quanto é importante ter diálogos entre todos da família, amigos e colegas de trabalho.
Obrigado vo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nós depois de nossos ancestrais.

Fim de semana desses estive no vale do Ribeira aqui próximo de São Paulo e onde esta localizada a famosa caverna do diabo. É um lugar ainda que podemos encontrar  matas nativas, aves e a  nítida impressão de que, fosse quem fosse os nossos ancestrais, esses caras eram muito bom. Verdadeiros seres capazes de superar todas as adversidade da natureza e sobreviver a tudo o que  lhes impunha. Reclamamos das cidades e do dia a dia corrido. Mas a verdade é que temos comida na geladeira, fogo no fogão. Proteção que as paredes e os telhados nos dão. Podemos conversar com o mundo todo, tomar banho regularmente e dormir em camas confortáveis e limpas sem o medo de que algum tigre-dente-de-sabre ou urso gigantesco nos devore. Na verdade por mais simples que seja uma casa, ela tem mais conforto e nos da mais conforto do que os palácios dos antigos faraós. Claro que temos nossas dificuldades, doenças novas e o nosso maior inimigo é o nosso próximo, um igual a nós. E é o que temos que apreender agora nessa etapa da evolução a superar. Sobreviver a nós próprios. Mas vamos lá.  Quem sabe no futuro alguém escreva sobre nós e  nos compare com seu momento, dizendo que  o maior desafio deles, o maior inimigo não é mais outro ser humano ou  algum ser da natureza selvagem desse planeta, mas talvez  uma viagem interplanetária. Queira Deus, que sim!

Saudades.

Há momentos na vida que sentimos uma saudade do que não vivemos.

Quando entrei no shopping  para comprar um presente para um amigo , dei de cara , corpo e um sorriso lindo, com um passado que de tão distante eu nem mais me lembrava.
Ela me sorriu.
- Hélio. Hélinho! - Ela me disse tão feliz ao me ver que me contaminou.
- Apereira! - Eu disse de imediato.
- Não me chame assim. Meu nome é Juliana.
- Claro! É que Apereira ficou forte marcante.
- Entendo! Como vai!

Apereira. Esse não era o seu nome, Pereira era o seu sobrenome. Mas na escola todos a chamavamos de Apereira, para simplesmente humilha-lá. Todos fazíamos isso.O que hoje todos dizem como Bulling. Na verdade, o que queríamos era distância de Apereira. Porque algumas de suas colegas, haviam estabelecido que Juliana, Apereira fosse posta na geladeira. Estávamos no ensino básico e esse tipo de discrimação era bastante comum.

Bem, na epóca os meninos queriam ficar com as meninas mais legais. Apereira, não era  bonita. Era magra, mais alta que todos e  por isso preferimos ficar com as demais. Até que um dia, tive que pedir ajudar a  Juliana, ou Apereira. Se tratava de um trabalho de história o que era o meu fraco. E Apereira foi até a minha casa e começamos a estudar juntos. E eu tolo que era, fiquei com medo de que algum amigo viesse a saber de que Apereira esteve em casa me ajudando a estudar história.

Mas eu precisava muito, e  ficamos estudando o dia todo. E num dado momento me vi  tomado por Apereira dando atenção para a minha necessidade e com vontade e carinho que se dedicava. E com o seu ensinamento pratico e direto eu ia digerindo aqueles fatos históricos. Então, assim que acabamos aquela matéria, ela se virou e perguntou para mim com todo o interesse que pode me dar e que me cativou.
- Você entendeu! Tem alguma dúvida ainda!
Eu disse que tinha entendido tudo. Ela sorriu e disse que já ia embora. Eu então falei para ela ficar e se queria um pedaço de bolo e refrigerante. Ela disse que sim, e estranhamente eu fiquei feliz e bastante contente por ela ter aceitado. A minha mãe trouxe o bolo e ficamos comendo  e falando de  varias coisas . Apereira era toda atenção e gentilezas. Agradou a minha mãe e a mim também.

Daquele dia em diante eu passei a respeitar mais Apereira. E na escola aos poucos fui quebrando a vergonha de estar ao seu lado e conversar com ela. Eu sei que parece coisa de idiota, tolo. Mas aconteceu. E Apereira, simplesmente me mostrou pela primeira vez nessa vida o que é um preconceito armado contra uma pessoa  e com toda a sua atenção para me ensinar marcou para sempre a minha vida, mostrando o quanto podemos se melhor do que a merda de imagem que alguém tem de nós.

Por isso senti saudade dela, quando a vi no shopping. Ela estava linda, gostosa e simpática como sempre. E sinceramente me deu vontade de ficar mais tempo com ela, matando a saudades da Apereira que conheci naquela tarde em que mostrou a sua dedicação simples e verdadeira, mas grande, e que imprimiu em minha vivência, em minha alma e que levarei para sempre.

sábado, 21 de maio de 2011

Ah!

" Ando cansado de ver as pessoas mastigarem o amargo e o imbecil 
e engolem só porque alguns dizem  ser bom.
Quanta idiotice não experimentamos, quanto amargura  nos lembramos.
Quero um sabor novo, ou sabor antigo de que é bom e dura até hoje.
Um sabor que me faça sentir o prazer de mastigar algo que me alimente e não me envergonhe.Me de prazer, o prazer de  sentir e poder compartilhar.
Idiotice são velhos sabores descartáveis, como a amargura."
Ulisses Sebrian.

Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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