domingo, 23 de janeiro de 2011

O NADA.

Um dia ao acordar, M sentiu que a força da vida havia se ido de sua existência. Foi a primeira vez que não se sentiu. Nada. Nem mesmo o vazio era igual ou o que entendemos de vazio. Não se tinha cor ou forma, cheiro ou som. Não se tinha dimensão. Não se tinha lado, nem direita ou esquerda, acima ou abaixo. Era o nada, nada de existir, nem pensar, nem sentir, nem nada, nada... Era uma doideira! Uma loucura, uma coisa que não se tem palavra nem explicação. Não se expressa , se sente.  M, tinha tudo para não estar naquela situação. Casa, família, emprego, amigos, realizações, dinheiro. M, não entendia porque aquele caos aniquilando a tudo que sentia, acreditava,e imaginou e pensou. Não não tinha duvidas, nem medo, nem dor, nem vazio, apenas sentiu que nada, nada existia. Ele não existia. Nem inferno, nem céu, nem morte nem vida, o nada, nada, apenas o nada.

Então respirou, sentiu o ar, sentiu a vida sentiu tudo novamente. Foram segundos de nada, segundos onde se viu não existir. Respirou, estava vivo, sentia a tudo, sentia falta de todos, de cada uma e de todas as pessoas  que passaram pela sua vida. Se lembrou de todos que pode se lembrar. Agradeceu a todos, sorriu para todos.Sentiu a falta de coisas e momentos, lembranças e de dores. E pela primeira vez em sua vida depois de pela primeira vez em sua vida ter sentido o nada, soube que o homem só é homem porque existe o outro. O homem precisa de outro homem. O homem não é uma ilha auto suficiente. O homem é o homem que precisa do outro.  Não somos nada, ninguém é nada, e coisa alguma é nada. Tudo é preciso e parte, somos. Tão óbvio que nem se percebe. Apenas quando se é o nada se sabe que não é nada.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

REFLEXÃO.

Os pequenos momentos de alegria edificam qualquer relação.
Os pequenos momentos de brigas implodem qualquer relação.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um caso com a minha chefe.1 Sempre se apreende uma nova jogada.- parte I.


Quando ela passou por mim pela primeira vez  nossos olhares se cruzaram com tal magnetismo que não tive força de desviar. Ela sorriu discretamente de canto de boca enquanto eu fiquei ali parado concorrendo ao premio de idiota do ano. Senti o dedo duro e desagradável do meu companheiro de trabalho me cutucando chamando pra vida e então tudo nunca mais foi como antes. Não era paixão, era ... o que ... eu ainda não sabia o que era.... sei-lá.

Talvez fosse  uma atração forte, dessas que a gente nem mesmo sabe que existe. Mas, passou aquele dia e outros e outros. E a parte mais gratificante do dia era quando ela passava pela portaria. E quando  ia  embora me deixava triste, vindo me deixa desconsertado. Tudo bem vocês vão dizer: Se isso  está acontecendo porque ta enrrolando tanto? Parte pra cima dela, e se ela olhou é porque gostou.
Mas não é bem assim. Tem o seu porém. E não é desculpa.

Na verdade ela é a chefe da minha mulher na indústria de produtos  farmacêutico. E eu, havia sido contratado a pouco como segurança na recepção após longos meses desempregado. E um dia antes de começar a trabalhar ali minha mulher me chamou para uma conversa séria.
- Olha aqui, toma cuidado. Onde ganha o pão não se coma a carne. Eu sei que lá está cheio de tentações. Por isso cuidado.
- Oxe! Que besteira mulher! Onde se viu isso!.
É claro que ela sabia o que falava. Mas acredito que ela se referia as meninas que trabalham com ela na produção. Ela nem imaginava que a predadora  que poderia me devorar era a sua chefe. Ah, que mulher!

Dona de um corpo escultural, simpática mas não se mostrava oferecida, dada como dizem. Discreta como pude perceber no dia a dia. Não que a minha mulher não fosse bonita, mas dois filhos, trabalha o dia todo...Bem!
E sinceramente não acreditei que  tudo não passasse de um olhar. Não era possível, aquela mulher linda e chefe de um setor estivesse ali  olhando para mim um simples segurança com intenções.... Alguma coisa tinha, e devia ser coisa de minha cabeça.

Bem passou os dias, eu tirei a minha folga, e quando voltei a trabalhar eu a vi novamente e ela me olhou um pouco mais demorado. Sorriu dessa vez  dando um bom dia. E se foi.
Confesso que foi uma luta para não dar um vexame ali na portaria, mesmo porque essas calças  do uniforme de segurança, não nos dão garantia alguma de que o bilau duro não vai aparecer. Por via das dúvidas, pensei nas contas a pagar, na vitória do Corinthias  e enxuguei o suor. Por fim passou.

A tarde logo após o almoço o chefe dos segurança me chamou na sala dele e me pediu para que ficasse mais algumas horinhas depois do horário, sem marcar como hora extra. Esses caras são terríveis, enfiam a faca mesmo, e como eu tinha poucos dias, eles aproveitaram da situação e eu não disse não. Tinha que mostrar trabalho.

E assim que o turno de minha mulher terminou eu contei a ela, ela sabia que isso iria acontecer. Eu disse a ela para ir com o carro porque tinha que pegar as crianças e eu iria de ônibus, ela concordou.  Tomei um café e fui para a portaria. Fiquei sabendo que naquele dia havia uma reunião com a diretoria, porque iriam lançar um produto novo. E então pensei que nessas reuniões todos os chefes participam e ela então ficaria ali. Olhei para o estacionamento e o carro dela estava lá e já passava de seu horário. Fiquei contente, porque poderia vê-la sem o tumulto dos horários habituais.  Olhava sempre para a porta dos elevadores era por ali que todos sairiam.  E como eu esperava. Bingo! Ela apareceu. Mais uma vez os nossos olhares se cruzaram, ela sorriu novamente como se soubesse de algo que eu não sabia. E se foi.

Ah! que sufoco.  E enfim acabou o dia e fui para o ponto do ônibus. E estava só pensando nela. Quando vejo o carro dela  parado no outro lado do rua. Eu não acreditei. Era ela mesm. Ela acendeu e apagou duas vezes os faróis do carro me dando um sinal de aproximação. E eu não acreditei. Olhei para os lados e não havia mais ninguém naquele ponto de ônibus. E novamente os faróis piscaram. E eu ali que nem bobo não acreditando no que me acontecia. Parado que nem um asno. Ela então aproximou o carro do ponto abaixou o vidro.
- Quer uma carona!
O meu coração disparou....

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Um caso com minha chefe - parte II Sempre se apreende uma nova jogada



- Vamos entre! Ela disse, com a voz mais segura e dominadora que já ecoaram em mim.Ela sabia o que queria e sabia que eu queria.
Entrei rapidamente. E ela sorriu. Botando a mão suavemente em minha coxa. Aquilo me excitou.
-Toma alguma coisa!
- Eu dispenso a bebida.
- Ótimo, eu também.

E fomos para um motel tradicional  ali na avenida Marginal Tiete.
Entramos no quarto e ela se sentou  com elegância na cama e começou a tirar os sapatos. Eu me abaixei e os tirei. Ela surpresa sorriu. Depois ficou me olhando demoradamente.
- Esse seu olhos são fogo.- Eu disse.
- Os seus também. Desde o primeiro dia não consigo esquece-los.
Ela se levantou e me beijou. Sentir a sua boca me nocaultiou e seus peitos esfregando no meu tórax não pude conter e então o meu pau endureceu e ela me afastou sorrindo.
- Você já está animado. Cuidado! não vá desanimar rapidamente.
-Eu me garanto.
- Se garante é!
Ela então tirou a sua blusa, subiu na cama e começou a se despir num estripe para mim. E quando fui tirar a minha camisa ela fez com o dedo para não tirar. Eu parei. Ela então desceu da cama nua e deliciosa aproximou-se de mim e me jogou na cama. Tirando a minha roupa.
-Espere eu preciso tomar um banho, trabalhei o dia todo.
- Não. - Ela disse.

E assim tirou a minha roupa, e me chupou. Me levando a loucura depois se pois encima de mim descendo lentamente ate a minha boca com a sua boceta cheirosa e me fez chupar.  Insasiavel ela me levou a  loucura fazendo um meia nove. Me segurando ao máximo para não gozar. Então ela com sua experiência, apertava a cabeça do meu pau, ele amolecia rapidamente e ela tornava a chupa-lo prolongando assim o meu orgasmo.

Ela então botou a camisinha passou um gel e começou a cavalgar sem parar. Dominadora, tirava de sua boceta e botava levemente em seu cuzinho. Mas para me provocar não deixar penetrar totalmente.
-Esse fica para a próxima vez. Ela dizia.
E naquela noite foi uma, duas, quando chegou na terceira ela me olhou interrompendo cruelmente o coito dizendo para tomarmos um banho e ir embora.
- Não espere.
-Não, não, não quem manda aqui sou. Agora vá toma um banho.
Ela tomou o seu banho e eu também. E  nós trocamos.
- Eu posso fazer uma pergunta!
- Faça.
- O que você viu em mim? Eu sou só um segurança!
- Eu não acredito que você tá fazendo essa pergunta.
- Porque?
- Porque? Qual o problema de você ser um segurança? Você é gostos, tem uma pica deliciosa, sabe fazer. Eu vi isso quando te vi.
- Mas você é chefe lá dentro.
-Para com isso! Somos gente.
- Eu confesso que nunca pensei que você fosse me dar...
- Eu sabia que teria você desde o primeiro dia que te vi.
- MAs eu sou casado...
- Eu sei, por isso te escolhi também. Ai não tem problema.Você não arriscaria o seu casamento contando por ai o que aconteceu aqui.
- Claro que não.
- Seria um problema para você. Mesmo porque! Eu não vou assumir nada!
- Mas...
- Mas é só sexo. Certo.
-Certo.
- Então vamos embora.

Fomos embora, e nos encontramos mais vezes. E todas as vezes era aquela loucura, ela sempre me dominando e me deixando mais excitado do que nunca. Até que um dia ela não apareceu mais. Então fui me informa sobre ela, discretamente. E fiquei sabendo que ela havia sido transferida para uma outra unidade da empresa em Manaus. E que ela sabia que essa vaga seria sua  há três meses.  Ela sabia exatamente o que estava fazendo, calculou tudo. É aprendi mais uma jogada.

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A sombra da cantora Lunar.- parte final


A sombra da cantora Lunar.- parte final

E depois outra semana e Lunar novamente foi classificada, e com o seu carisma Lunar ia contagiando o publico, que junto com a sua voz e seu repertório conseguia agradar a júri e publico. Claro que as casas noturnas começaram a procura-la. Lunar tinha shwos de quarta a domingo, agendados até o final do mês o que lhe dava uma grama a mais,e mais visibilidade. Algumas casas noturnas já mostravam cartazes com o nome de Lunar a finalista do programa do Raul Gil.  E mesmo assim Lunar consciente daquele momento não se deslumbrava, vinha trabalhar todos os dias tal como sempre fez. 
- Mas amiga, você já é uma estrela.
- Ainda não e não querendo menosprezar-me mas tenho que pagar aluguel e família para sustentar.As coisas estão melhores, mas não posso abrir mão desse emprego, ainda. Já fiz isso uma vez e quebrei a cara.
- E você vai aguentar essa jornada de cantar a noite e trabalhar durante o dia!
- Claro que sim! Ave! Sou mulher, tudo posso.
Sorriram.
Lunar mostrou as fotos do show da noite, do programa do Raul Gil, e dos cartazes com nome dela nas casas de show . Logo foram postos nas paginas de relacionamentos sociais da Internet. E ali também Lunar bombava. Era o seu momento.
Bete, que tornara um sombra aqueles dias, ninguém a notava mais em sua ira constante contra Lunar. Até mesmo ela percebeu que o talento e o destino de Lunar estava traçados já.  Lunar brilharia, brilharia como a uma estrela.
E então  Lunar passou para a final do programa e se fosse classificada além do prémio em dinheiro  gravaria um CD e um contrato com a gravadora do programa.
Bete  que  naquelas semanas havia se tornado a profissional mais distante de Lunar, metida dentro de seu silencio e profissionalismo como nunca visto antes, e que deixou de se meter na vida das demais pessoas, pediu para sair antes do horário. Alegou que tinha uma consulta médica. Todos ficaram surpreso porque Bete sempre priorizou o seu trabalho, aquele seu cargo de encarregada como a uma religião e por varias vezes veio trabalhar com febre alta e cólicas infernais e dores que não dizia. É realmente Bete, não estava bem.
Tomou o seu carro, e foi para o medico.  Lá recebeu a noticia que estava bem, que a gravidez já estava entrando no terceiro mês, e  como um bomba, Bete, percebeu que a sua vida  não era mais a raiva e inveja de Lunar. Tocou a sua barriga e percebeu que um mundo novo estava ali.  Chorou, como se um sonho novo em sua vida se instalasse e centenas de possibilidades outras que na Lunar existisse. E pela primeira vez em sua vida amou a vida, amou a sua casa, o seu marido, o seu carro e o seu cargo.  Saiu do consultório vendo um sol clarear, uma euforia um deslumbramento que não pode dizer me palavras, apenas em sorriso e lágrimas. Como a vida é bela, justa, e agora era mãe. Podia fazer algo, que nunca imaginou ser capaz.
Entrou em seu carro, abriu o porta luvas e tomou a arma que havia comprado de um feirante amigo para matar Lunar, e em seus pensamentos veio a cena. Mataria Lunar antes de sua ultima apresentação, e ela nunca mais brilharia. Valeria a pena ir para a prisão, desde que a luz de Lunar não brilhasse mais. Valeria a pena apodrecer na prisão desde Lunar não brilhasse mais. Valeria toda essa sombra para o fim do Brilho de Lunar.  Bete olhou para o revolver e o jogou num rio próximo. Dispensando de vez de sua vida essa sombra, olhando agora somente para o sol.  Escolheu o sol. E passou numa loja de bebes, e comprou roupinhas para ele e para ela. Sentiu-se mãe. Sentiu-se Mulher, sentiu-se viva.
Voltou a trabalhar como se fosse outra tão feliz e solar como Lunar. Todos surpreenderam, mas enquanto  Lunar brilhava lá fora para todos, Bete brilhava para si, para a vida própria, tão sua  que não trocaria por vida alguma, a própria vida que acabou de descobrir.

A sombra da cantora Lunar- parte III

A sombra da cantora Lunar- parte III

Lunar que já cantava nas noites paulistana, sabia que para ter uma boa apresentação é preciso concentração, cuidados com a voz , exercícios de respiração e a tranquilidade de um boa oração. Fez tudo isso mas assim que ouviu o seu nome ser chamado pela voz singular de Raul Gil,  caiu de toda a sua tranquilidade e sentiu os pés formigarem. Respirou fundo, não podia naquele momento se abater e ter apresentação desastrosa. Respirou mais uma vez, se benzeu, e entregou-se a luz do palco e ao sorriso de Raul Gil. Focou na tranquilidade que precisava ter para cantar bem. E respondeu algumas perguntas e descontraiu com a descontração que Raul sabe ser necessário e quando os primeiros acordes de Sinónimos então Lunar se entregou a musica toda ao seu momento ali no palco, a atenção do publico e pode cantar realizando um sonho que até então por toda a sua vida buscou. Agradou é claro e quando terminou, Raul Gil perguntou há quanto tempo ela cantava!
- Ah! Desde sempre!
E, quando foi para o júri, todos afirmaram que ela tinha presença de palco e uma voz de cantora jazzistica e que certamente brilhara. Lunar segurou as suas lágrimas ali no palco quando foi classificada e desabou a chorar de felicidade nos bastidores. Era uma felicidade que não pode dizer além de um imenso sorriso e lágrimas fartas.  No intervalo do programa um dos jurados vei-lo lhe dizer que ela era ótima , e poderia explorar mais a sua voz com outras canções. E sugeriu, Vapor Barato e Como nossos pais.
Tranquila,Lunar  buscou naquele conselho uma lapidação para o seu talento.
É claro que na segunda feira, Bete era a ira dos deuses em pessoa, e propositalmente chegou mais cedo para não ter que deparar com ninguém no vestiário, mesmo sabendo que ali havia uma comemoração. Todos cumprimentaram Lunar, e quando Bete soube que o gerente geral mandou lhe parabeniza, não almoçou naquele dia. Dizendo que tinha contas a pagar e usaria o horário do almoço para isso, tomou o seu carro e saiu em sem rumo, parando numa praça onde enraivecida chorou o porque aquela desgraçada se dava tão bem e ela não. O porque aquele talento maldito e ela, não. Não era justo.
- Certamente aquela desgraçada vai se dar bem! E eu vou acabar como  encarregada de setor nessa merda de empresa. Não, não, não. A vida não é justa, não é justa.
Por alguns minutos Bete, chorou, remoendo todo o desprezo que tinha por Lunar.Amargurou aquilo que não conseguia controlar dentro de si, o desejo de ser Lunar, não sendo o que ela Bete era. E quando voltou a trabalho, para o seu cargo de encarregada de setor parecia outra pessoa. Quieta, compenetrada em suas planilhas sem olhar para os lados. Todos perceberam que Bete não estava Bem.
E naquela semana, Lunar havia escolhido a canção Como nossos pais! E mais uma vez foi aprovada.

sábado, 25 de dezembro de 2010

A sombra da cantora Lunar.- parte II

A semana  foi passando e a ansiedade e  expectativa de todos com a apresentação de Lunar no programa do Raul Gil, ia se tornando uma vórtice de positividade e desejo de sorte para que ela fizesse uma boa apresentação.  Todos ali na empresa conheciam Lunar há anos e sabiam que se a fama lhe tocasse, ela não iria esquecer deles.
- Gente, eu amo vocês! - dizia. E todos sabiam que se tratava de uma verdade. Ela sempre esteve ali a ajudar um o outro. Até financeiramente, quando não dando o ombro para amigas que separando de um casamento ruim, ou tendo problemas com os companheiros.  Lunar, já chegou a cantar na noite para ajudar uma amiga a pagar uma divida  quase impagável para operarias como elas.
- E a música? Que música você escolheu para o primeiro dia de apresentação! - perguntou uma amiga.
- Gente, estou em duvida entre  Sinónimos e Como  nosso pais da Elis Regina!
- Como  nossos pais! Claro - disse uma.
- Sinónimos! É tão romântica. - disse outro.
Era um momento complicado, e ela tinha até quinta feira para decidir e para ensaiar com os músicos do programa.
Bete então entrou no vestiário causando a atenção do olhar de todos, que com alguns sorrisos controlados se expressaram.
Bete, não olhou para ninguém foi direto em seu armário. Nariz em pé se sentindo a melhor de todas, e isso parecia claro. Depois sobre o silêncio de todos como se ali não existisse nada além dos armários.
- Gente que cabelo que é aquele?
- Que roupa mais estranha ele veio hoje!
- Será que o  seu marido a viu assim.!
- Essa Bete tá cada vez pior!
- Ah! Gente eu não gosto de falar nisso, mas Deus me livre dela - comentou Lunar, e  deletou esses pensamentos focando os seus pensamentos e toda a sua energia para a apresentação  no programa do Raul no sábado próximo.
E finalmente Lunar pediu uma dispensa na quinta feira para Mauro o coordenador do setor para o ensaio do programa. O que Mauro concedeu desejando boa sorte.
Assim que soube  Bete cobrou de Mauro por que tal atitude.
- A política da empresa é satisfazer os funcionários. Funcionário satisfeito aumenta a produção. A senhora deveria saber disso.
-Sim, mas...
- E além do mais Lunar, não faltou um dia sequer nesses  nove meses do ano. Agora pode ir.
Mais uma vez na hora do almoço todos já estavam sabendo de mais essa repreensão que Bete sofreu do coordenador Mauro, e mais uma vez pela sua ira contra Lunar.
E no final do expediente no vestiário quando todos estavam se preparando para ir embora,  Bete entrou e pegou as suas coisas no armário, quando ouviu Lunar  dizer que a musica que escolheu para cantar em sua primeira  exibição no programa do Raul Gil era a musica Sinónimos de Zé Ramalho, ouviu uma gargalhada desprezível de Bete.
Uma olhou para a outra.
- O que foi! - Lunar se irritou e a intimou.
Bete olhou para ela, com prazer. Era tudo o que queria uma oportunidade para agredi-la.
- Você não tem voz para cantar essa musica. E além do mais se enxerga.
-Se enxerga você sua ridícula. 
-Ah! Eu! Olha só você que pensa que é cantora...
- Eu levaria isso a sério se você entendesse de música, mas nunca ninguém aqui te viu ao menos cantarolando parabéns a você...
-Aqui não é lugar de cantar.
- Você é infeliz.
- Olha aqui...
- Olha aqui nada! To indo, não tenho tempo para você.
Lunar saiu sobre o aplauso de todas e Bete, mesmo tendo tido o prazer de dizer o que disse a Lunar o que te deu bastante prazer,  ainda assim se irritou com aquele desprezo de Lunar pelo seu ódio e pela sua ira.
- Vamos ver segunda feira assim que ela for reprovada no programa se ela vai estar tão segura assim.- disse por final.
Todas pensaram em vaia-la, mas como Lunar havia ensinado, não valia a pena. Todas saíram do vestiário como se Bete não estivesse ali. 

A sombra da cantora Lunar. - parte I

Lunar,  bonita e simpática, sempre a disposição das amigas naquela manhã chegou mais acelerada do que nunca no emprego uma empresa  bioquímica  .

Todos acharam estranho porque Lunar nunca falava nas primeiras horas do dia para não danificar a voz e naquela manhã tagarelava como se o botão do start  fosse apertado e fixado para não desligar.

Na verdade Lunar estava contente demais por que  recebera a convocação  para participar no show de calouros do Raul Gil, onde se fosse aprovada após a primeira apresentação  poderia ir para a final e se vencesse, gravaria um CD. E se isso era maravilho o sonho de todo aspirante a cantor, para Lunar se tratava de uma oportunidade única de mostrar o seu talento.

Todos estavam contente com ela, e o alvoroço no inicio do turno chamou a atenção de Bete, a encarregada do setor.  Na verdade Bete  engole Lunar secamente,até quando pode pisar nela e  não se importa com isso. E por esse ódio por Lunar, Bete também se tornou antipática, intransigente e as vezes cruel com todos no setor.

O que lhe causou já alguma advertência do Coordenador do setor, Mauro. Bete  culpou mais uma vez Lunar por essa advertência. Odiando ainda mais. Bete inevitavelmente chamou a atenção de Lunar aos olhos de todos no setor pela algazarra que fazia e levou a conhecimento do coordenador Mauro o fato. E exigiu que Mauro tomasse uma atitude.
- Ela  fez com que todos do setor se atrasassem na produção em cinco minutos...
- Você cronometrou esse tempo.
-Sim claro, minuto a minuto.
- E porque não interviu no primeiro minuto, deixando passar cinco minutos? Afinal  Dona Bete a senhora não é encarregada do setor!
Bete silenciou-se e pediu desculpa. E ficou mais irritada com Lunar.

E no inicio do horário de almoço todos já estavam sabendo de mais essa falha de Bete. E comentavam  geralmente com sarcasmos e ironia  mesmo Bete estando próxima.
Bete ficou mair irritada. Agora culpava  Lunar por mais essa humilhação. E no final da tarde no vestiário,  quando Lunar tomava o seu banho entre amigas para irem embora, Bete chegou para se preparar para ir embora também, e ouviu  todas comentando que o pessoal do setor e de outro certo fariam um churrasco no sábado onde todos iriam para ver Lunar brilhar no show do Raul Gil.

Então era isso. aquela desgraçada iria cantar no show do Raul Gil - Bete sentiu o sangue subir a cabeça um nó seco na garganta. E se controlou para na fazer uma loucura.  Lunar tomou o seu banho e nua passou próxima da Bete mostrando o seu corpo escultural lindo, sem estrias ou celulite, peitos duros numa leve cor de bronze, coxas torneada, bunda perfeita. E além desse corpo perfeito, tinha talento também com a voz. Bete não suportou isso, era demais para ela. Uma mulher como Lunar linda, com talento para cantar e nada promiscua, como todos sabiam.

Afinal ela trabalhava na área de produção oito horas por dias, de segunda a sexta feira. Com aquele corpo e aquela beleza poderia estar se prostituindo ou arranjando um homem com posses se não fosse rico. Não ela estava ali, linda, profissional, amiga de todos, batalhando a sua vida. E finalmente agora a vida parecia abrir um porta em sua vida com a apresentação no programa do Raul Gil.

Bete, sentiu a sua cabeça girar, mas não podia desmaiar ali, não daria esse gosto a Lunar e a todos ali. Se trocou rapidamente e saiu como entrou no vestiário, calada em sua amargura pelo despeito e inveja de Lunar. Não Bete nunca admitiria isso.

Obrigado, por nos ensinar que o amor é incondicional.


Nesse Natal não vou apenas desejar um feliz Natal a todos. Nesse Natal quero agradecer a aquele que um dia teve a coragem de ensinar a todos que o amor e incondicional, pode se amar e perdoar quem nos ofende e quem nos alegra. Pode-se amar se você é azul ou incolor. Grande ou indivisível  goste de A ou de B, C D etc.
Pode-se amar, não é proibido não engorda, não causa dependência química nem alergia de espécie alguma.
Pode-se amar, e pede-se compreensão do outro. Difícil! Você acha! Tente então! Não tenha medo de tentar. Jesus Cristo não teve medo de amar.
Feliz Nata  e Obrigado. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um dia especial....

Novos vizinhos se mudaram recentemente a duas casas distante da minha. É uma casa que não tem muito espaço e a  garagem  está unida com um pequeno passeio de entrada,  cobertas e expostos por um portão imenso de grade. A casa é pequena e não tem muito espaço  e essa família trouxe um cão ainda novo e crescendo. 

Esse cãozinho fica sempre na garagem dia e noite olhando a todos que passam pela frente da casa e sempre tentando alguma amizade como aquele que pelo menos olha para ele. E eu  passando ali para ir ao super mercado, comecei uma amizade com ele. É um cão inocente em sua tenra idade e que faz amizade fácil. É só passar ali e estalar os dedos que ele vem pula, te lambe e late e faz a festa.

A família não o quer dentro de casa e ali e fica o dia todo, colocaram um cobertor velho que ele já rasgou e parte ele usa como se fosse um fufy, um cobertorzinho que crianças abraçam quando dormem. Esse cachorrinho não tem um ursinho.

Ele está crescendo, e agora apreendeu a latir. Late para tudo, como que conversando com todos que passam, seja o pessoal do gás  ou do correio. Late também para as testemunhas de Jeovás e transeuntes habituais. Eu morro a três casa acima e acostumado com o seu latido dias desse eu estranhei o silêncio. Aquele cãozinho parou de latir. 

A rua continua com o seu movimento e por ser próximo do natal achei que esse silêncio se tratava pelo fato da família ter ido viajar e finalmente levaram o pequeno cão. Curioso passei enfrente da casa e vi o cão lá. 

Ele estava  deitado acuado encima de seu fufy, tristonho como só os cães e as crianças sabem expressar uma tristeza tão desalentadora num olhar que a gente sabe que é verdade. Estalei o dedo, chamei por ele e ele nada. Ficou ali quieto, triste. Então insisti e a porta se abriu rapidamente e  a dona da casa apareceu.  
- Olá, bom dia, eu moro ali naquela casa e passando aqui vi o cãozinho triste. Ele que está sempre alegre latindo e brincando com a gente...
- Ah, eu dei uma surra mele. Onde já se viu. Eu trouxe esses vasos de planta da casa de minha sogra e  foi só eu entrar para atender o telefone e ele cavacou todos os vasos e jogou terra por todos os lados. Esse piso frio é branco ficou preto. Peguei o chinelo e bati até ele saber que não pode mais fazer isso....Né Tupã, vai apanhar de novo se fizer isso.
Ela gritou para ele, olhando e estendendo a mão, ele coitado recuou com medo de apanhar novamente.
Então eu entendi tudo. Aquele cão que até então tinha só encontrado a alegria e o prazer de viver na vida, encontrou  uma atitude de dor e ira e ódio que até então ele não sabia que existia.

E deve ter sido um choque para ele, mais que a dor das chinelada em seu corpo pequeno, era o fato dele saber porque ele tava sofrendo toda aquela dor e a reprovação daquela senhora e sua rejeição, já que ele devia ter aquela senhora como parte de sua vida. Aquele cão não sabia o que era um vaso uma planta, terra no chão.

Para ele tudo era parte da vida, tudo para ser celebrado com as suas patas e focinho e latidos. Aquela senhora não era má, apenas queria aquela área limpa e bonita. E essas coisas acontecem com a gente também, quantas vezes não pensamos que estamos certo agindo errado e nem compreendemos que outro não vê o mundo igual a nós. 
- Mas ele não entende isso.- insisti.
- Chinelada todo mundo intende, sim. - disse ela. 
Bem conversamos sobre outras coisas e depois ela entrou dizendo que tinha que sair.
Eu  pretendia mostrar para Tupã que nem todos são iguais e fui pra casa peguei um bife grande e trouxe pra ele. Ele nem se aproximou, estava magoado mesmo. 

Então eu usei o velho truque de  fingir que tinha algo no colo, como um filhotinho e comecei a imitar, tentando, imitar um cãozinho chorando, desse recém nascidos. Tupã franziu os olhos e levantou as orelhas veio até mim, e ficou cheirando, eu então fiz um cafuné nele, e comecei a acaricia-lo. Passei algum tempo ali, dei o bife que ele comeu e no final da tarde ele já estava latindo novamente.

Agora eu preciso acariciar aquela senhora e ajudar ela não mais usar o chinelo com os cães. Vou comprar algumas plantas  para ela. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O vice- presidente.

José de Alencar o nosso vice-presidente entrou numa fase ruim com a sua doença. E estranhamente como se cumprindo uma missão,ele que vinha carregando essa doença durante esses oitos anos de mandato do Presidente Lula e sempre ao lado dele, parece está se entregando agora que o mandato está acabando.
José de Alencar certamente entrou para história oficial e clara do Brasil assim como o presidente Lula.
E peço a todos que ler esse Blog que independente de crença, vamos orar e agradecer pela luta desse homem que lutou por esse país e provou a todos que a hombridade a fé o foco num objetivo e que descobriu ser capaz de ir até onde foi e fazer o que fez. Obrigado José Alencar- vice presidente do Brasil, mas Vice com a força de Presidente.

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