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sábado, 25 de dezembro de 2010

A sombra da cantora Lunar.- parte II

A semana  foi passando e a ansiedade e  expectativa de todos com a apresentação de Lunar no programa do Raul Gil, ia se tornando uma vórtice de positividade e desejo de sorte para que ela fizesse uma boa apresentação.  Todos ali na empresa conheciam Lunar há anos e sabiam que se a fama lhe tocasse, ela não iria esquecer deles.
- Gente, eu amo vocês! - dizia. E todos sabiam que se tratava de uma verdade. Ela sempre esteve ali a ajudar um o outro. Até financeiramente, quando não dando o ombro para amigas que separando de um casamento ruim, ou tendo problemas com os companheiros.  Lunar, já chegou a cantar na noite para ajudar uma amiga a pagar uma divida  quase impagável para operarias como elas.
- E a música? Que música você escolheu para o primeiro dia de apresentação! - perguntou uma amiga.
- Gente, estou em duvida entre  Sinónimos e Como  nosso pais da Elis Regina!
- Como  nossos pais! Claro - disse uma.
- Sinónimos! É tão romântica. - disse outro.
Era um momento complicado, e ela tinha até quinta feira para decidir e para ensaiar com os músicos do programa.
Bete então entrou no vestiário causando a atenção do olhar de todos, que com alguns sorrisos controlados se expressaram.
Bete, não olhou para ninguém foi direto em seu armário. Nariz em pé se sentindo a melhor de todas, e isso parecia claro. Depois sobre o silêncio de todos como se ali não existisse nada além dos armários.
- Gente que cabelo que é aquele?
- Que roupa mais estranha ele veio hoje!
- Será que o  seu marido a viu assim.!
- Essa Bete tá cada vez pior!
- Ah! Gente eu não gosto de falar nisso, mas Deus me livre dela - comentou Lunar, e  deletou esses pensamentos focando os seus pensamentos e toda a sua energia para a apresentação  no programa do Raul no sábado próximo.
E finalmente Lunar pediu uma dispensa na quinta feira para Mauro o coordenador do setor para o ensaio do programa. O que Mauro concedeu desejando boa sorte.
Assim que soube  Bete cobrou de Mauro por que tal atitude.
- A política da empresa é satisfazer os funcionários. Funcionário satisfeito aumenta a produção. A senhora deveria saber disso.
-Sim, mas...
- E além do mais Lunar, não faltou um dia sequer nesses  nove meses do ano. Agora pode ir.
Mais uma vez na hora do almoço todos já estavam sabendo de mais essa repreensão que Bete sofreu do coordenador Mauro, e mais uma vez pela sua ira contra Lunar.
E no final do expediente no vestiário quando todos estavam se preparando para ir embora,  Bete entrou e pegou as suas coisas no armário, quando ouviu Lunar  dizer que a musica que escolheu para cantar em sua primeira  exibição no programa do Raul Gil era a musica Sinónimos de Zé Ramalho, ouviu uma gargalhada desprezível de Bete.
Uma olhou para a outra.
- O que foi! - Lunar se irritou e a intimou.
Bete olhou para ela, com prazer. Era tudo o que queria uma oportunidade para agredi-la.
- Você não tem voz para cantar essa musica. E além do mais se enxerga.
-Se enxerga você sua ridícula. 
-Ah! Eu! Olha só você que pensa que é cantora...
- Eu levaria isso a sério se você entendesse de música, mas nunca ninguém aqui te viu ao menos cantarolando parabéns a você...
-Aqui não é lugar de cantar.
- Você é infeliz.
- Olha aqui...
- Olha aqui nada! To indo, não tenho tempo para você.
Lunar saiu sobre o aplauso de todas e Bete, mesmo tendo tido o prazer de dizer o que disse a Lunar o que te deu bastante prazer,  ainda assim se irritou com aquele desprezo de Lunar pelo seu ódio e pela sua ira.
- Vamos ver segunda feira assim que ela for reprovada no programa se ela vai estar tão segura assim.- disse por final.
Todas pensaram em vaia-la, mas como Lunar havia ensinado, não valia a pena. Todas saíram do vestiário como se Bete não estivesse ali. 

A sombra da cantora Lunar. - parte I

Lunar,  bonita e simpática, sempre a disposição das amigas naquela manhã chegou mais acelerada do que nunca no emprego uma empresa  bioquímica  .

Todos acharam estranho porque Lunar nunca falava nas primeiras horas do dia para não danificar a voz e naquela manhã tagarelava como se o botão do start  fosse apertado e fixado para não desligar.

Na verdade Lunar estava contente demais por que  recebera a convocação  para participar no show de calouros do Raul Gil, onde se fosse aprovada após a primeira apresentação  poderia ir para a final e se vencesse, gravaria um CD. E se isso era maravilho o sonho de todo aspirante a cantor, para Lunar se tratava de uma oportunidade única de mostrar o seu talento.

Todos estavam contente com ela, e o alvoroço no inicio do turno chamou a atenção de Bete, a encarregada do setor.  Na verdade Bete  engole Lunar secamente,até quando pode pisar nela e  não se importa com isso. E por esse ódio por Lunar, Bete também se tornou antipática, intransigente e as vezes cruel com todos no setor.

O que lhe causou já alguma advertência do Coordenador do setor, Mauro. Bete  culpou mais uma vez Lunar por essa advertência. Odiando ainda mais. Bete inevitavelmente chamou a atenção de Lunar aos olhos de todos no setor pela algazarra que fazia e levou a conhecimento do coordenador Mauro o fato. E exigiu que Mauro tomasse uma atitude.
- Ela  fez com que todos do setor se atrasassem na produção em cinco minutos...
- Você cronometrou esse tempo.
-Sim claro, minuto a minuto.
- E porque não interviu no primeiro minuto, deixando passar cinco minutos? Afinal  Dona Bete a senhora não é encarregada do setor!
Bete silenciou-se e pediu desculpa. E ficou mais irritada com Lunar.

E no inicio do horário de almoço todos já estavam sabendo de mais essa falha de Bete. E comentavam  geralmente com sarcasmos e ironia  mesmo Bete estando próxima.
Bete ficou mair irritada. Agora culpava  Lunar por mais essa humilhação. E no final da tarde no vestiário,  quando Lunar tomava o seu banho entre amigas para irem embora, Bete chegou para se preparar para ir embora também, e ouviu  todas comentando que o pessoal do setor e de outro certo fariam um churrasco no sábado onde todos iriam para ver Lunar brilhar no show do Raul Gil.

Então era isso. aquela desgraçada iria cantar no show do Raul Gil - Bete sentiu o sangue subir a cabeça um nó seco na garganta. E se controlou para na fazer uma loucura.  Lunar tomou o seu banho e nua passou próxima da Bete mostrando o seu corpo escultural lindo, sem estrias ou celulite, peitos duros numa leve cor de bronze, coxas torneada, bunda perfeita. E além desse corpo perfeito, tinha talento também com a voz. Bete não suportou isso, era demais para ela. Uma mulher como Lunar linda, com talento para cantar e nada promiscua, como todos sabiam.

Afinal ela trabalhava na área de produção oito horas por dias, de segunda a sexta feira. Com aquele corpo e aquela beleza poderia estar se prostituindo ou arranjando um homem com posses se não fosse rico. Não ela estava ali, linda, profissional, amiga de todos, batalhando a sua vida. E finalmente agora a vida parecia abrir um porta em sua vida com a apresentação no programa do Raul Gil.

Bete, sentiu a sua cabeça girar, mas não podia desmaiar ali, não daria esse gosto a Lunar e a todos ali. Se trocou rapidamente e saiu como entrou no vestiário, calada em sua amargura pelo despeito e inveja de Lunar. Não Bete nunca admitiria isso.

Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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