Mostrando postagens com marcador amor verdadeiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor verdadeiro. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de janeiro de 2013

Uma briga de carnaval.


Kaique quis naquele ano passar o carnaval no litoral como a maioria de seus amigos. Viviane quis passar o carnaval nas montanhas em retiro como a maioria de seus amigos. E pronto o impasse estava criado.
Haviam se casado há dois anos e pela primeira vez enfrentavam um desgaste.

- Viviane porque não vamos variar esse ano. Faz cinco anos que a gente passa o carnaval na serra. Como você sempre quer!

- Eu não gosto de gente, muita gente. Quero sossego.

Não havia acordo.
Por fim entre tantos argumentos. Kaique foi para passar o carnaval com os amigos no litoral. E Viviane foi para a Serra da Mantiqueira com os amigos. Aproveitou para descansar, fazer caminhadas sobre remanescentes da mata Atlântica e botar em dia sua leitura de Clarice Lispector que tanto amavas. Realmente ler Clarice Lispector é estruturante.
Kaique curtiu a praia, churrasco, noitadas de carnaval. Realmente a praia é muito relaxante.

Por fim no último dia de Carnaval caiu uma chuva desigual em todo sudeste do país. Kaique e seus amigos conseguiram voltar para a cidade de São Paulo, mas Viviane permaneceu na Serra da Mantiqueira. Houve um deslizamento que impediu que todos deixassem a região. Mas estava tudo bem com ela.  Na verdade Viviane nunca se sentiu tão bem quanto ser dona de seus gostos e prazeres. Mas sentia falta de Kaique.

Ele voltou para casa e se viu só no apartamento. Divertiu-se na praia com os amigos, mas gostava de mais de Viviane. Sentia sua falta.  E aguardava com ansiedade a sua volta. E enquanto isso descobriu um livro de Clarice Lispector que ela tanto gostava. O leu de uma noite a outra.
E descobriu que a simetria de Viviane lhe era fundamental.

Quando ela voltou três dias depois do fim do carnaval. Ele a abraçou demoradamente aliviado em sua alma por te-la em sua vida.

- Você fez falta em minha geografia interna! Sabia!

- Nossa! Você leu Clarice Lispector!

- Li! Eu precisava ter algo de você na solidão dos meus dias aqui! E sabe de uma coisa eu não consegui sair com os amigos nesses dias. Quando saio com os amigos sabendo que você está em minha vida eu fico mais tranquilo, me divirto mais porque sei que há alguém em minha vida.

- Eu senti a sua falta, mas fiquei tranquila lá. Sabia que havia você em minha vida.

Ela então tomou seu tablet e leu uma de sua frase preferida de Clarice Lispector.


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.”


- Entendeu.

- Claro. Perfeitamente, perfeitamente para mim.

- E para mim também.

Certamente nunca concordariam com tudo e brigaram novamente, mas sabiam que as incompreensões e atritos também existem e que não impedem o que um sentia para o outro.

Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.

Brasil
Minha conta
Banco Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian


Hello, if you liked this story and want to contribute any amount I thank you. And if you don't want to contribute, that's fine, I hope you enjoyed it. Thank you.
Brazil

My account
Bank Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian
NOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
IBAN: BR4460746948030340005009464C1
SWIFT: BBDEBRSPSPO
BANCO BRADESCO S.A.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Folhas - "Um amor verdadeiro"

“Lá fora o vento levava folhas velhas caída de árvores se renovando.”  

 “Ela tirou da manga a sua última carta”
- Entre, por favor!- disse com um sorriso confortável e usou de seu olhar sensual.
Ele entrou. Sorriso tímido. Tentando não ver o quanto ela era linda e desejada.
Ela ofereceu uma bebida. Ele recusou. Café! Ele recusou. Água...
Ela então se aproximou quase meio centímetro de distância, provocando-o descaradamente. Ele ainda inibido, sorriu tímido.
- Sr. Jorge. Tá calor não tá...
- É...
Ela então pegou em sua mão e a alisou suavemente.
Há muito tempo Jorge não sentia o carinho de uma mulher... Engoliu a seco. E ela percebeu. Era tudo o que queria para se livrar do aluguel.
- Sabe seu Jorge eu to triste, sabia. Não vou poder pagar o senhor esse mês.
Jorge recuou a sua mão bruscamente.
- Eu sabia...
Samanta desfez toda a sua áurea sensual.
- Tá bom seu Jorge. Eu não tenho dinheiro para pagar o aluguel, mas também não posso deixar os meus filhos sem lar e sem escola. O dinheiro da pensão deles mal da para a alimentação e roupa e o meu trabalha ainda continua me pagando mal.
- E por isso a senhora...
- Me prostituiria sim. Já pedi dinheiro emprestado para Deus e todo mundo. Não tenho mais cara de pedir dinheiro emprestado. Eu venderia meu corpo sim para alimentar e educar os meus filhos... Não posso ver eles sem comida e sem escola...
-Nossa...
- O que foi.
- A senhora é uma mulher de fibra.
- Tenho que ser não tenho opção. O senhor disse de fibra...
- Sim uma mãe que venderia o próprio corpo para alimenta e educar os filhos...
- Eu mataria por eles...
- Nossa... Dona Samanta. Eu, eu...
- O que seu Jorge...
- Eu tenho problemas com a minha esposa...
“Ah esses homens” – pensou Samanta.
- Ela tá doente? – velha desculpa
-Não! Ela é distante. Acho que se casou comigo por dinheiro. Olhe para mim, sou baixo magro, não tenho beleza...
- Que isso seu Jorge, isso é coisa de sua cabeça.
Jorge coçou a cabeça.
-Não é não. Um homem sente quando é desejado ou não...
-Sério! Nossa que coragem do senhor em dizer isso.
- Tenho que dizer que não tenho opção. Quando a senhora veio para cima de mim, eu pensei que estivesse afim de mim e não para se salvar do aluguel.
-Ah me desculpa é que nunca tivemos essa conversa...
-É. Mas tá tudo bem. Deixa o aluguel. E  quando tiver dinheiro você me paga. Até logo...
- Espera! Vamos tomar um café.
- A senhora está com pena de mim!
- Não, eu estou encantada com a sua coragem.
- É pelo aluguel.
- Não é pelo prazer de conhecer alguém tão forte em se expor. Eu sempre tive homens truculentos, mas não me lembro de nenhum com tanta coragem...
Jorge aceitou o café. E Samanta o serviu com prazer inédito em sua vida. Lá fora o vento levava folhas velhas caídas de árvores se renovando. 
Jorge mais tarde convidou Samanta para almoçar. Depois foram ao supermercado, e compraram comida para um mês todo. Todos os dias, agora Jorge almoçava com Samanta. Descobrindo um o prazer de estar ao lado do outro. E como folhas velhas, já não enxergavam corpos.



Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.

Brasil
Minha conta
Banco Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian


Hello, if you liked this story and want to contribute any amount I thank you. And if you don't want to contribute, that's fine, I hope you enjoyed it. Thank you.
Brazil

My account
Bank Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian
NOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
IBAN: BR4460746948030340005009464C1
SWIFT: BBDEBRSPSPO
BANCO BRADESCO S.A.

Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

os mais lidos