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sábado, 11 de julho de 2020

Amigos do além

A amizade eterna, porque somos imortais, vivemos além dos nossos corpos. Amizade e família espiritual sempre estão nos acompanhando, assim como nossos inimigos  e desafetos. Perdoar é uma forma segura de se manter seguro. 


Vivíamos juntos e por muito tempo na paz, como dizem por ai. Eles eram quatro e apareciam  vez por outra , mas todos os dias, em espelhos, tv’s, reflexos em vidros, no vapor do Box . Quase sempre estavam apenas olhando. Eu tinha certeza que estavam cuidando de suas vidas. Ops! Desculpem-me! Estavam cuidando da vida após a morte. Sim eram fantasmas ou espíritos ou talvez fruto de minha imaginação.

Mas o fato era que viviam em minha casa desde que eu tinha 7 anos de idade e minha família ali se instalou.

     Eu nunca tive medo deles: Três mulheres e um homem todos da idade que não parecia ser exata. Às vezes parecia jovens outras vezes velhos. Nunca se comunicaram comigo ou qualquer outro membro de minha família. Não se comunicavam fisicamente, mas estavam sempre nos olhando.  Às vezes sorriam, outras vezes pareciam tristes.  Nos os vivos não sabíamos quem eram eles, nem o que faziam entre as paredes de nossa casa, os cômodos os moveis e nós.  E com o tempo fomos acostumando e nem nos importávamos mais.

    Meu Pai e minha mãe os viram algumas vezes, mas também nunca os temeram. Não comentávamos sobre eles com mais ninguém, como um segredo de família. Ou talvez por tememos que as pessoas se afastassem de nós por causa deles. Talvez esses espíritos também tivessem esse medo e por isso não se comunicavam conosco.

    Um dia meu pai foi transferido para outra cidade, minha mãe o acompanhou e eu permaneci na casa. O meu trabalho e minha faculdade não me permitiram acompanhá-los. E então fiquei só na casa com os espíritos ou fantasmas.

E como disse no começo vivíamos em paz.

    Eu então comecei a namorar. Era uma menina que eu estava de olho faz tempo. Já tive outras namoradas e as trouxe para a casa. Assim como os meus pais os espíritos souberam respeitá-las. Nunca apareceram para elas, fosse nos  espelhos, vidros ou no vapor do chuveiro.

Mas com a nova namorada a coisa mudou. Desde o primeiro instante em que a trouxe para a casa. Primeiro veio um silêncio assustador.  E de repente no pé de minha cama abraçado a ela em plena noite, eu os vi! Os quatro aparecerem com o rosto transtornado, me recriminando por ter feito algo muito sério. Não disseram nada e se foram.

Aquilo me intrigou.

      Depois as demais vezes que  trouxe essa nova namorada. Alguns vasos se quebraram. A luz se apagou. E alguns deles dera um tapa bem dado na cara da minha namorada. Ela ficou chocada, porque sabia que não poderia ter sido eu. Eu estava na cozinha e ela no quarto.

Estranhamente a minha namorada não se importou e voltou mais vezes.

E os mesmos fenômenos voltaram acontecer toda vez que ela entrava em casa.

Eu pensei seriamente que era hora de exorcizá-los.  Estavam passando dos limites, talvez por ciúmes ou o tempo deles estivesse se acabando naquela casa.

E foi numa noite que o mais incrível e assustador aconteceu.

A minha namorada apareceu com o rosto tenso, sem muito carinho para mim. E quando ela entrou na casa. O silêncio dominador se desfez com o seu grito. O quatro espíritos ou fantasmas apareceram na sala, frente aos olhos dela. E com o desejo de devora - lá.

Ela se desfez do susto e  sacou uma arma apontando pra mim.

    - Mas porque isso. O que está acontecendo! – eu perguntei.

    - Venha comigo! Isso é um sequestro. – Ela disse.

E então os quatros fantasmas desapareceram.

E na sala dois homens entraram.

    - Vamos leve ele. - ela disse.

Mas não conseguiram.

Moveis começaram a voar sobre eles a distancia de milímetros passando por mim. Eram cadeiras pesadas, que se quebravam sobre aqueles dois homens derrubando-os.

    - Peça para  pararem se não eu atiro em você. – Ela me disse, apontando a arma para mim.

Eles não pararam e ela atirou em mim.  Cai desfalecido, vendo os meus amigos espíritos mais de perto. Agora eu me sentia um fantasma. E vi a minha namorada, por quem eu estava dando os meus sentimentos ir embora. Correndo para se salvar da polícia.

Aquiles espíritos não eram fantasmas assustadores. Eram pessoas como nós que viveram em diferentes épocas naquela casa e cada um com a sua história. E porque ainda estavam ali? Nem eles mesmos sabiam, mas sentiam como uma ordem dos céus que teriam que permanecer ali por algum tempo.

      Na verdade, eles não queriam que eu morresse. Ficaram furiosos com a aquela minha namorada  para me proteger, eram os meus anjos da guarda. Eles sabiam da intenção dela.

E não morri. A polícia chegou me socorreu, prendeu os dois homens caídos ao chão e mais tarde prenderam a minha namorada. Todos faziam parte de uma quadrilha de estudantes de classe média que sequestravam por dinheiro, para a boa vida com drogas que levavam.

Meus pais voltaram e certificaram de que eu estava bem. Eu contei toda a história, e juntos não tivemos duvidas de que aqueles espíritos eram nossos anjos da guarda.

Voltei para casa, agora tudo estava em paz novamente. Resolvi perdoar a todos, porque eu tinha descoberto amigos fies e imortais, não valia a pena ficar condenado minha namorada e seus parças. Eles estavam doentes pelo vicio das drogas, e eu estava bem. 

E daquele dia em diante eu só namorei as meninas que os meus amigos espíritos consentiam.


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domingo, 14 de outubro de 2012

A vida continua.

Janaína estava triste olhando para o nada, para algo distante, algo que se ia algo que perdeu. Estava debruçada no para peito da janela de seu quarto. A tristeza era tanta que o Mi o seu gato, se incomodou e foi para a cozinha.
Janaína parecia ver o fim de tudo se aproximando, algo assustador dolorida de mais, então fechou os olhos e abriu repentinamente antes que a primeira lágrima caísse. Ouviu uma voz estridente, sacudindo a tudo.
Era o seu pai.
- Filha.
Ela enxugou as lágrimas rapidamente. E virou-se para ele.
- Janaína, senta aqui vamos conversar. Eu sei que tá pesado demais. Tudo de uma vez né.
-Pai... – Ela não se conteve se desabou nos ombros de seu pai. Chorou por alguns longos minutos. Minutos que ia esvaziando os sentimentos de dor perda, e rejeição que haviam se acumulado nos últimos dias.

Há dois meses, Janaína perdeu a sua mãe num acidente de carro. Há uma semana terminou com namoro de cinco anos, e ontem foi reprovada num vestibular. Tava muito pesado para Janaína.

Seu pai sentia muito por ela, sentia pela perda de esposa. Sentia pelos filhos que teria que criar. Mas sabia que agora, todos dependeriam muito dele, muito mais do que até ali foi capaz de se dar. Ele chorou o que tinha que chorar, sentiu a dor que tinha que sentir. Mas agora para o bem da família não poderia mais se dar ao luxo de sofrer. Teria que estar sempre em pé, sempre forte para todos. E não sabia onde, mas de alguma forma descobriu isso dentro de si.  Abraçou Janaína demoradamente. E por mais alguns minutos a deixou chorar, chorar, chorar... Até as lágrimas acabarem naquele momento. Ele a olhou  com carinho de pai, mas com uma firmeza de vencedor.
- Ei, eu sei que dói. Mas não a impede de tocar a vida.
- Pai, eu não to com forças...
- Eu to aqui. Tenho força para nós dois, mas se entregar a dor não vai te levar muito longe.
-Eu não quero ir muito longe. Eu quero a minha vida de dois meses atrás.
-Janaína. É a vida, Ela é assim. Surpreende-nos sempre. Às vezes está tudo bem. Derrepente tudo muda.  E eu não seria esse cara que agora te da força se não tivesse passado por tantos dissabores antes.
- Não é justo...
-Não se trata de justiça. Trata-se da vida..E ela se move diferente do que queremos. Mas eu te garanto, sempre estamos ficando mais fortes, mais vivos, mas  admiradores da vida.
-Mas dói...
- Sim dói. E vai doer. E não tenha medo de sentir essa dor. Mas não entregue a ela. Ouça Janaína. A sua mãe estará dentro de nós, não tem volta. O seu namorado, ah você pode encontrar outro. Acabou o sentimento dele por você, não é culpa dele. Lembra quando você terminou com o outro e não havia quem a fizesse ficar com ele?  Quanto a vestibular, estude mais do próximo e estudando mais você terá mais conteúdo para enfrentar esse e outros vestibulares.  Como vê você pode seguir enfrente apesar dos problemas, do destino, e de tudo mais. Lá na frente você vai olhar para esse momento e ver o quanto está mais forte. Mais sabia, mais intima da vida.
-Pode ser. Mas a gente tem que sofrer para apreender.
-A gente quer o mais fácil, o menos doloroso sempre. A vida não enxergar assim.
-Entendi.
-Vem, vamos pegar o seus irmãos e vamos à casa da sua tia. Ela tá dando uma "pizzisada" hoje.
Janaína sorriu. Não tem jeito à vida continua. Sempre continua.

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domingo, 4 de março de 2012

A minha vida daria um livro?

Quem já não disse ou ouviu essa frase! A minha vida daria um livro! Porque não aceitamos as dores, e perdas que acorrem na vida?

Vez por outra  me encontro com pessoas que aparentemente parecem bem, mas meio dedo de conversa depois e já  estão se revelando como as  únicas vitimas das algozes do mundo. Estão sofrendo como todo mundo sofre. Mas com o tom dramático de quem se apropriou do sofrimento e por isso essas pessoas se acham os único representante do sofrimento na vida.
E então soltam a famosa frase

“A minha vida daria um livro, tanto que apanhei nessa vida”

E fica impossível dizer para essa pessoa que a vida de toda pessoa que passou e venha passar nessa vida dá um livro. Porque todos "apanharam nessa vida".

Pode ser uma comédia, um romance, um drama, um filme de terror. Mas a vida de ninguém está livre da densidade, forma, cores e sabores que a vida no oferece. Sentimentos que descobrimos e outros que ocultamos. 

Perdas são inevitáveis. Perder um amor, um ente querido, uma oportunidade. Sim é difícil encarar e aceitar. Mas não há alternativa. E quando se encara e se  compreende, tudo parece mais leve. E o tempo, o tempo alivia não tenha duvida. E nos esclarece também porque passamos o que tinha que passar nessa. O que tínhamos que sofrer. Afinal somos imortais filhos amados de Deus, e tudo passa, o tempo passa a dor passa. 

O sofrimento é relativo a cada um: Uma pessoa fútil sofre por coisas fúteis. Um faminto sofre pela fome. Um solitário não sofre menos que uma pessoa insegura sofrendo as pancadas do "amado" ao seu lado, e por ser insegura não consegue se livrar desse "amado".

E opondo-se a tudo isso, temos a felicidade.  Que é possível a todos, mesmo em todo sofrimento.

Por anos eu sofri com morte de meu pai. Sofri com  a sua ausência quando eu mais precisava dele.
E um dia eu pensei o quanto  para ele também a morte foi difícil, porque ele estava sem nós os seus filhos também. Não estava ali vendo os filhos crescendo.
E de dentro de mim veio essa compreensão. 

“ se a dor é a mesma para ele e para mim, porque a felicidade não pode ser a mesma para ele e para mim, esteja ele onde estiver.” 

Eu sei que parece desespero, mas compreender que há outro lado da dor também me fez compreender que uma  vida mais alegre é possível. E se a vida é um jogo, uma encenação ou um livro eu então optei por escrever com mais humor, leveza, compreensão e cores. Abri mão do drama excessivo.

Não quero com isso dizer que estou certo, apenas quero dizer que o meu livro da vida  eu estou escrevendo sem fazer do drama o assunto principal. Acho que fiquei melhor! A vida para mim agora tem mais cores, sabores.


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Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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